Férias e alimentação saudável

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Férias, calor, brincadeiras e hora da criançada fazer a festa com as guloseimas, certo? Nada disso. É fundamental que os pequenos permaneçam com uma alimentação saudável, mesmo nas férias. Mas como fazer isso, se eles saem da rotina nessa época do ano e, consequentemente, sua alimentação também?

É a resposta para essa pergunta que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e o Instituto Minha Escolha trazem com a Campanha Escolha Saúde, uma iniciativa que busca incentivar a população a adquirir hábitos de vida mais saudáveis.

De acordo com a SBEM, 15% das crianças brasileiras sofrem de sobrepeso ou obesidade. Dentre as principais causas desse problema está o aumento do sedentarismo nas atividades infantis, somado à má alimentação. Em vez de andar de bicicleta ou jogar bola, as crianças preferem assistir à TV ou jogar videogame.

As atividades sedentárias fazem com que a criança gastem menos calorias, o que favorece o ganho de peso. Por outro lado, atividades que a fazem se movimentar contribuem para o aumento do gasto energético, a consequente manutenção e até a redução de peso. Desse modo, é importante sair com os filhos, e não deixá-los presos dentro de casa.

Para a endocrinologista Ângela Spinola, presidente do departamento de endocrinologia infantil da SBEM, as férias não são a causa direta da obesidade, porém é fundamental usar sempre de bom senso, de acordo com as circunstâncias, local das férias, tipo de alimentos disponíveis e a presença de outras crianças, para regular sua alimentação. “É comum que nas férias todos os bons hábitos sejam esquecidos, basicamente porque para muitas famílias, férias significa liberdade para a criança fazer o que quer”, explica a médica.

Algumas medidas podem ser adotadas para enriquecer a alimentação das crianças. Fazer com que participem do preparo dos seus alimentos pode despertar a vontade de descobrir o resultado final e, assim, poderão ser estimuladas a provar novos sabores. Por isso, é importante escolher o que irá ser preparado. Segundo Ângela, ”permitir que a criança manuseie alimentos, entenda o processo de preparo, o tempero, as diferenças nas cores, cheiro e textura pode ser útil no sentido da criança diminuir a “aversão” a alguns alimentos, o que em alguns casos facilita a aceitação, especialmente em relação a verduras e legumes”, explica ela.

Oferecer pratos saudáveis e atrativos aos pequenos também é uma ótima dica. Recomenda-se algumas opções fáceis e saudáveis como: espetinho de frutas, banana com um pouquinho de canela assada no micro-ondas, espiga de milho cozida, gelatina com pedaços de frutas ou um delicioso sorvete de suco de fruta caseiro.

Além disso, as crianças tendem a seguir o exemplo dos pais. Por isso, é necessário que os familiares deem o exemplo a elas, apresentando uma alimentação balanceada. Por isso, não adianta encher a casa de guloseimas e esperar que a criança se controle para não comê-las. O ideal é limitar também a compra de tais alimentos.

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