Transplantes crescem 13% no RS em 2010

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 13% no número de transplantes de órgãos e tecidos no ano passado em comparação com 2009. Ao todo, foram 1.394 procedimentos em 2010, 163 a mais do que no ano anterior. O maior destaque foram os transplantes de córneas, com aumento de 25%, de 607 para 757 no ano.

No caso dos procedimentos cirúrgicos envolvendo as cóneas, o aumento foi possível graças ao maior aproveitamento do tecido, atualmente na faixa dos 60%, resultado da criação de equipes específicas para a distribuição e resposta rápida. Nos outros anos, apenas entre 40% e 45% das córneas tinham condições para serem usadas em transplantes, já que a maioria das perdas ocorrem até a chegada dos tecidos nos bancos de córneas, onde elas podem ficar armazenadas por até 14 dias. Hoje, o Rio Grande do Sul conta com cinco desses bancos, sendo dois em Porto Alegre, dois em Caxias do Sul e um em Pelotas, que atendem todo o Estado.

Para 2011, a Central de Transplantes do Estado terá o suporte de estruturas descentralizadas, as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). São seis unidades já implantadas em hospitais gaúchos, à espera da autorização final do Governo Federal em relação ao custeio para iniciarem os trabalhos. Elas estarão distribuídas em Porto Alegre (duas unidades), Canoas, Lajeado, Passo Fundo e Rio Grande. Cada uma terá sob sua responsabilidade os hospitais de cada região, onde as esquipes formadas por um coordenador, médicos intensivistas e enfermeiros auxiliarão na identificação de possível doadores e exames para a confirmação de morte encefálica. As duas OPOs da Capital - sediadas no Hospital São Lucas da PUCRS e no Complexo Hospitalar Santa Casa - contam ainda com cirurgiões em sobreaviso para realizarem captações em todo Estado, como nos hospitais que não possuem médicos naquele momento para o procedimento. Com a implantação das OPOs, a logística para a concretização dos transplantes terá uma significativa melhora, já que isso ( a logística) é o principal entrave para as intervenções.

O Rio Grande do Sul possui índices equivalentes ao de países como a Espanha, recordista no mundo em transplantes, quanto às negativas das famílias em relação a realização de transplantes. No Estado, em 27% dos casos de possível doação de órgãos, a família não permite a captação.

Confira a relação de transplantes ocorridos em 2010 no RS:

Rim isolado: 287
Rim (doadores vivos): 94
Fígado: 102
Fígado (doadores vivos): 2
Coração: 5
Pulmão: 27
Pulmão (doadores vivos): 1
Pâncreas isolado: 1
Rim e pâncreas: 4
Córneas: 757
Medula óssea (alogênico): 43
Medula óssea (autólogo): 72

Agência de notícias do Governo do Estado

Gostou? Compartilhe