Vacina contra hepatite B até os 24 anos

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Foi ampliada a faixa-etária da vacina contra a hepatite B, que agora pode ser aplicada em jovens de até 24 anos. A mudança já consta no calendário oficial de vacinação pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o ano de 2011. Antes, apenas pessoas até 19 anos de idade tinham direito a esta vacina.

Esta mudança segue as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde e todos os municípios do Rio Grande do Sul estão aptos para a imunização.

O Programa Estadual de Hepatites Virais e o Programa Estadual de Imunizações, juntamente com a Secretaria Estadual da Educação e ONGs, desenvolvem ações em parceria com os municípios, para conscientizar os jovens da importância da vacina contra a hepatite B e de adotar também outras medidas de prevenção e proteção contra a doença.

Somente o esquema completo com três doses confere imunidade. O intervalo entre a aplicação da primeira dose e da terceira dose é de seis meses, portanto todos devem ficar atentos para completar o esquema vacinal.

As hepatites virais são consideradas problemas de saúde pública pela alta prevalência e gravidade e são causadas por vários tipos de vírus. A doença apresenta-se como uma inflamação no fígado. No Estado as hepatites A, B e C são as mais frequentes.

A hepatite B

Causada pelo vírus B (hbv), é uma doença infecciosa também chamada de soro-homóloga. Como o vhb está presente no sangue, no esperma e no leite materno, sua transmissão ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada, ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam, de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Por suas formas de transmissão, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. A maioria dos casos não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjôo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção.
A hepatite B pode se desenvolver de duas formas: aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram a forma crônica quando a doença dura mais de seis meses. Geralmente, a hepatite aguda evolui para a crônica em 5% a 10% dos adultos infectados.

O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue específico. Após o resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários), é indicada uma dieta de fácil digestão (para não sobrecarregar o fígado), corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis meses, e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.
Em pessoas adultas infectadas com o vhb, 90% a 95% se curam; 5% a 10% permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença.

Como evitar a doença
Prevenir-se é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Além disso, a toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e a não amamentação até que a criança tome a primeira dose da vacina contra esse tipo de hepatite.

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