Diminui número de gestantes com HIV

Quando soropositividade da mãe é diagnosticada na gestação, tratamento possibilita que bebês nasçam sem o vírus e sem os anticorpos da mãe

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Um dos primeiros exames realizados durante a gravidez, e que faz parte das exigências do pré-natal, é o que detecta a presença do vírus HIV. Com isso, é possível fornecer tratamento adequado às mães para que os bebês nasçam sem o vírus. Em 2010, foram atendidas em Passo Fundo 12 gestantes, número inferior a 2009, quando foram 18 casos. Porém, “elas foram tratadas e os bebês nasceram sem o vírus e sem ser portadores do anticorpo da mãe, portanto são bebês saudáveis”, afirma Adro Linhares dos Reis, médico responsável pelo ambulatório DST/Aids de Passo Fundo.

Nos últimos três anos, a redução de casos novos do vírus HIV no município foi progressiva. Reflexo de uma maior conscientização e também da desmistificação da doença, a procura pelo teste teve o maior aumento dos últimos tempos. “Essa diminuição se deve à questão cultural, à propaganda institucional e ao alerta e conscientização da população de que deve fazer o exame e encarar a doença. Também o uso do preservativo e dos recursos disponíveis aumentou, uma vez que a via de transmissão ainda continua sendo principalmente a relação sexual e em segundo lugar o uso drogas injetáveis via sanguínea”, enfatiza o médico.

Teste
O teste do HIV que era feito somente nas quintas-feiras agora é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 9h, no ambulatório DST/Aids, que funciona junto ao Hospital Municipal. O ambulatório atende das 8h às 14h sem fechar ao meio-dia, com pessoal treinado e especializado para este tipo de atendimento. Os testes são encaminhados através de senhas, sem identificar quem o faz.

Prioridade para adolescentes e jovens na luta contra a aids
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quer que adolescentes e jovens sejam foco prioritário no trabalho preventivo da aids. Para ele, por não terem acompanhado a explosão da aids no mundo, na década de 1980, eles não têm noção do que representa a doença. “Eles não conviveram com todo o esforço para o rompimento do preconceito, todo o esforço tecnológico e científico para novas práticas médicas, novos equipamentos de saúde, o esforço ético do acolhimento ao usuário, do acolhimento das pessoas que viviam com HIV naquele momento", explica.

O ministro ressaltou também que fará o que for necessário para dar mais segurança e sustentabilidade aos tratamentos, além de reformular ações de diagnóstico precoce da aids, hepatites, DSTs e especialmente da sífilis. “O diagnóstico precoce vai ser uma grande prioridade nossa ao longo desses quatro anos”, garantiu.

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