Corpo
Cirurgia bariátrica
Parte 2
Alimentação na cirurgia bariátrica
A transição nutricional é uma realidade mundial, onde o antigo quadro de desnutrição perdeu espaço para a elevada prevalência de obesidade, sendo caracterizada como uma doença multifatorial, que envolve questões nutricionais, aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais e culturais que atuam como possíveis causas e manutenção do quadro de deposição lipídica.
A obesidade deve ser encarada como uma patologia, mas não uma doença isolada, pois promove distúrbios heterogêneos devido as suas comorbidades envolvidas, entre elas: o risco cardiovascular, dislipidemia, diabetes, resistência insulínica, hipertensão arterial, síndrome metabólica, artropatias, disfunções respiratórias, entre outras.
O tratamento da obesidade deve basear-se na avaliação dos riscos e fatores causais que contribuíram para o surgimento da doença, assim como definida como e qual deve ser a perda de peso.
Para o tratamento inicial, devem ser enfatizadas estratégias de promoção da saúde, como a dietoterapia, através da educação nutricional orientada e mudanças no estilo de vida, incluindo o abandono ao sedentarismo, assim como não excluindo quando indicada a terapia medicamentosa, ou quando a gastroplastia redutora se mostra como alternativa final. De modo geral, o objetivo das intervenções é de reduzir a gordura corpórea a um nível que permita a melhora no estado de saúde, com redução dos riscos de complicações (comorbidades).
Em qualquer tratamento para redução da obesidade, o processo é gradativo e requer mudanças no estilo de vida em longo prazo. Mas para uma parcela da população obesa, as estratégias de mudança alimentar e a prática da atividade física regular culminam em insucessos recorrentes, uma vez que levam à oscilação ponderal. Contando com o potencial genético, acabam agravando o quadro clínico das comorbidades associadas, ou em indivíduos que apresentam obesidade mórbida, com comprometimento elevado da qualidade de vida e instabilidade emocional, que buscam um tratamento definitivo, no caso da cirurgia bariátrica.
Esta forma de tratamento atualmente tem se mostrado eficaz, pois comporta mudanças drásticas na ingestão alimentar, com redução significativa nas patologias associadas à obesidade.
A intervenção nutricional é acompanhada e orientada pela nutricionista e nutrólogo da equipe multiprofissional pré e pós-operatória, para adequação da dieta qualitativamente e quantitativamente.
A atenção dietética no pré-operatório: o paciente recebe orientações sobre as mudanças alimentares que ele deverá se submeter e esclarecendo possíveis dúvidas sobre o pós-operatório. Assim como o paciente é assistido pela equipe multiprofissional onde a avaliação dos diferentes aspectos (clínicos, psicológicos e nutricionais) é realizada para a indicação da cirurgia.
Colaborou
Marina Pereira, nutricionista da equipe Gastrobese
A transição nutricional é uma realidade mundial, onde o antigo quadro de desnutrição perdeu espaço para a elevada prevalência de obesidade, sendo caracterizada como uma doença multifatorial, que envolve questões nutricionais, aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais e culturais que atuam como possíveis causas e manutenção do quadro de deposição lipídica.A obesidade deve ser encarada como uma patologia, mas não uma doença isolada, pois promove distúrbios heterogêneos devido as suas comorbidades envolvidas, entre elas: o risco cardiovascular, dislipidemia, diabetes, resistência insulínica, hipertensão arterial, síndrome metabólica, artropatias, disfunções respiratórias, entre outras.O tratamento da obesidade deve basear-se na avaliação dos riscos e fatores causais que contribuíram para o surgimento da doença, assim como definida como e qual deve ser a perda de peso.Para o tratamento inicial, devem ser enfatizadas estratégias de promoção da saúde, como a dietoterapia, através da educação nutricional orientada e mudanças no estilo de vida, incluindo o abandono ao sedentarismo, assim como não excluindo quando indicada a terapia medicamentosa, ou quando a gastroplastia redutora se mostra como alternativa final. De modo geral, o objetivo das intervenções é de reduzir a gordura corpórea a um nível que permita a melhora no estado de saúde, com redução dos riscos de complicações (comorbidades).Em qualquer tratamento para redução da obesidade, o processo é gradativo e requer mudanças no estilo de vida em longo prazo. Mas para uma parcela da população obesa, as estratégias de mudança alimentar e a prática da atividade física regular culminam em insucessos recorrentes, uma vez que levam à oscilação ponderal. Contando com o potencial genético, acabam agravando o quadro clínico das comorbidades associadas, ou em indivíduos que apresentam obesidade mórbida, com comprometimento elevado da qualidade de vida e instabilidade emocional, que buscam um tratamento definitivo, no caso da cirurgia bariátrica.Esta forma de tratamento atualmente tem se mostrado eficaz, pois comporta mudanças drásticas na ingestão alimentar, com redução significativa nas patologias associadas à obesidade.A intervenção nutricional é acompanhada e orientada pela nutricionista e nutrólogo da equipe multiprofissional pré e pós-operatória, para adequação da dieta qualitativamente e quantitativamente.A atenção dietética no pré-operatório: o paciente recebe orientações sobre as mudanças alimentares que ele deverá se submeter e esclarecendo possíveis dúvidas sobre o pós-operatório. Assim como o paciente é assistido pela equipe multiprofissional onde a avaliação dos diferentes aspectos (clínicos, psicológicos e nutricionais) é realizada para a indicação da cirurgia.
Colaborou
Marina Pereira, nutricionista da equipe Gastrobese