Uma pesquisa publicada no British Medical Journal contrariou a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno até completarem seis meses de idade. Segundo os autores, é benéfico introduzir na dieta alimentos sólidos a partir dos quarto meses de vida da criança, juntamente com a amamentação.
De acordo com os pesquisadores, a criança que começa a comer outras coisas além do leite cresce com menor risco de desenvolver alergias e doença celíaca (intolerância ao glúten), além da anemia. Em relação a esta última doença, entretanto, os pesquisadores deixam claro que apenas a introdução de alimentos não garante que o bebê não sofrerá de falta de ferro. É preciso avaliar o histórico da mãe e checar se ele nasceu ou não prematuro.
Outra ressalva quanto à pesquisa é a escolha dos alimentos que serão dados à criança. É preciso optar sempre por comidas naturais, não industrializadas e saudáveis, já que quanto mais cedo o bebê começar a ingerir alimentos gordurosos e muito calóricos, maior será o risco de ele desenvolver obesidade na infância.
O processo para cada criança deixar de mamar é individual e deve acontecer naturalmente, de acordo com as necessidades de cada bebê. Na prática, no Brasil, a média de duração da amamentação exclusiva é de 1,8 mês, conforme dados de 2008 do Ministério da Saúde.