Por Ana Maria Bueno
Estamos diante de uma verdadeira epidemia de obesidade na grande maioria dos países. É necessário e urgente que haja um combate firme, fazendo campanhas de orientações e conscientização. Assim, os governos estarão freando a disseminação epidêmica dessa doença avassaladora. Estas indicação e sugestão são de caráter preventivo. Entretanto, há que se resolver os casos já existentes de obesidade minimizando o sofrimento das pessoas atingidas.
O papel do nutricionista neste contexto é de suma importância. Aqueles que já atingiram um índice de obesidade muito elevado e com poucas chances de fazer regredir o problema têm a possibilidade de realizar a cirurgia bariátrica. No entanto, só é aconselhável esta cirurgia àqueles cujo Índice de Massa Corporal (IMC) seja acima de 35Kg/m2, já indicando a presença de doenças associadas à obesidade, e que tenham impossibilidade de emagrecer através de medicações e dietas.
Este meio de solução é a escolha mais indicada e eficiente para reverter o quadro da obesidade mórbida, bem como da autoestima dos pacientes envolvidos neste processo.
A obesidade, quase sempre, é uma doença do metabolismo de origem genética. É a chamada inclinação ou tendência que a pessoa tem para engordar. Existindo a tendência genética para engordar e ainda essa pessoa tendo maus hábitos no seu ambiente de vida, ingerindo alimentos calóricos em excesso ao lado do sedentarismo, ou seja, não fazendo exercícios físicos diários, certamente ficará cada vez mais obeso e atingirá o grau de obesidade mórbida. Nestes casos há a possibilidade de o paciente, quando imbuído de muita vontade, fazer uma dieta orientada com chances significativas de emagrecimento. Todavia, a indefectível dificuldade de conseguir manter o peso quase sempre leva o indivíduo ao fracasso. É tão difícil manter-se na dieta constante que o seu abandono faz com que a pessoa novamente volte a ficar com o peso além do inicial. Este resultado é conhecido como efeito sanfona.
Se a obesidade se restringisse apenas a si própria seria administrável. Mas não é bem assim. As pessoas obesas ficam vulneráveis e suscetíveis a outras doenças, tais como: diabetes, pressão alta, artrose, obstrução das artérias, apnéia do sono, problemas cardíacos, entre outras.
Estas doenças são, quase sempre, as responsáveis pela morte precoce dos portadores. Somente o fumo (cigarro) ocupa a primeira posição, antes da obesidade mórbida.
A cirurgia bariátrica é, talvez, a solução mais indicada para estes casos. Indubitavelmente, a enorme incidência de obesidade no Brasil e no mundo está preocupando os governos, os médicos e a sociedade como um todo. Esta epidemia de pessoas com sobrepeso e portadoras de obesidade mórbida que se alastra com velocidade incontrolável está fazendo com que os governantes e os profissionais da área da saúde não tenham mais o controle necessário.
Desta forma, é de fundamental importância que haja uma urgente conscientização popular e um esforço sobrenatural de toda a sociedade, no sentido de que a área da nutrição seja consultada e acionada em todos os cantos deste país, com vistas a conter este grande mal que se propaga.
A prevenção da saúde pública deveria ser a maior preocupação dos governos. Imagine o que custa aos cofres públicos a obesidade. Se cada um fizesse a sua parte prevenindo-se desse mal, teríamos uma sociedade bem melhor. O investimento público e privado na prevenção de doenças é, sem dúvidas, o caminho a ser seguido. É mais fácil prevenir do que remediar.
Ana Maria Bueno é nutricionista / personal nutri, economista doméstica, pós-graduada em Serviços de Alimentação e Hotelaria e cursando pós-graduação em Obesidade e Emagrecimento UGF.