Mal de Alzheimer pode ter relação com insulina

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) obtiveram informações através de novo estudo que reforçam a ideia de que há uma relação entre o diabetes e o mal de Alzheimer, doença neurológica progressiva que, em geral, acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem, mas que pode atingir, inicialmente, outras regiões do cérebro, comprometendo assim outras funções.

Segundo os estudiosos, o Alzheimer poderia ser definido até mesmo como a diabetes do cérebro, interferindo na sinalização do hormônio insulina, o mesmo cuja ação fica desregulada no organismo de diabéticos. Os últimos resultados a respeito da ideia foram apresentados durante o 34º Congresso anual da SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento), na cidade de Caxambu, em Minas Gerais.

Estudos com dois tipos de cobaias (camundongos transgênicos e macacos cinomolgos - macaca fascicularis), feitos pelos cientistas da UFRJ, indicam que remédios originalmente projetados para tratar diabetes poderiam ser úteis contra o Alzheimer, mal que ainda não tem cura.

As primeiras pistas sobre o mecanismo ligando as duas doenças vieram de estudos in vitro. Sabe-se que o Alzheimer é desencadeado por agregados da proteína beta-amiloide, que têm efeitos nada agradáveis sobre o funcionamento dos neurônios. Num cérebro no qual a insulina atua de forma normal, os neurônios ficam protegidos da beta-amiloide, mantendo maior número de conexões entre eles. Já naquele cérebro onde há deficiência de insulina, os neurônios acabam ficando vulneráveis à ação da proteína, diminuindo as conexões entre si, podendo ter relação com os problemas de raciocínio e memória que afetam os pacientes com Alzheimer.

Gostou? Compartilhe