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Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretendia proibir a venda de medicamentos para redução do apetite. Um dos motivos de tanta polêmica é retirar uma opção de tratamento numa época em que há um número cada vez maior de pessoas acima do peso, lembrando que indivíduos com sobrepeso significativo têm maior risco de desenvolver uma série de doenças e condições médicas.
Há, ainda, o tratamento por meio de dietas alimentares e exercícios físicos, a maioria das pessoas que optam por essa modalidade de tratamento e conseguem emagrecer num primeiro momento, infelizmente acabam recuperando os quilos perdidos dentro de um ano, pois geralmente abandonam os novos hábitos.
Dentro desse cenário pouco alentador, há uma opção de tratamento pouco conhecida, ausente de efeitos colaterais e de boa eficácia, quando utilizada em associação com uma dieta nutritiva e saudável. Esse é um programa psicológico baseado nos princípios da terapia cognitiva que pode ser administrado por psiquiatra ou psicólogo com formação em Terapia Cognitiva Comportamental. Esse programa não recomenda o que comer, pois não é uma dieta alimentar. Na verdade, é possível escolher o que comer, se o paciente estabelecer a programação mental adequada.
Pesquisas mostram que as pessoas podem aprender a mudar seus comportamentos. Casais em conflitos podem aprender a se comunicar de maneira mais eficaz. Pessoas tímidas podem aprender a ser mais assertivas. Porém, a menos que mudem também seus pensamentos, em geral, retomam, mais cedo ou mais tarde, seus antigos padrões comportamentais. O mesmo tipo de recaída acontece na dieta. Sem modificar a maneira de pensar, não conseguirá sustentar novos hábitos alimentares.
Sabotagem
Pessoas que lutam para emagrecer têm uma programação mental que sabota seus esforços. Frequentemente têm pensamentos como:
* Sei que não deveria comer isso, mas não me importo.
* Se eu comer isso só dessa vez, não haverá problema.
* Tive um dia difícil mereço comer o que quiser.
* Estou chateada, tenho que comer.
Pensando magro
Neste contexto, a terapia cognitiva comportamental ensina as pessoas a enfrentar esses pensamentos sabotadores de forma convincente. Quando escutar uma pequena voz na cabeça dizendo “Ah, como só isso... Não tem importância”, você será capaz de dizer para si mesmo “Tem importância sim... Eu quero ser magro... Se comer isto sentirei prazer por alguns minutos, mas depois irei me sentir mal... Para mim é muito mais importante emagrecer do que ter alguns segundos de prazer” 
Além disso, ensina técnicas para resistir a alimentos tentadores mesmo que estejam bem à sua frente; lidar com a fome, com os desejos incontroláveis, com o estresse e com as emoções negativas, sem que precise comer para se confortar. Além disso, o paciente aprenderá a se motivar para praticar exercícios e aderir à dieta alimentar escolhida. Enfim, aprenderá tudo o que for necessário para alcançar o sucesso de sua dieta, mudando a maneira como pensa.
Colaborou
Leonardo Alovisi Martins, médico psiquiatra especializado em terapia cognitiva-comportamental

Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretendia proibir a venda de medicamentos para redução do apetite. Um dos motivos de tanta polêmica é retirar uma opção de tratamento numa época em que há um número cada vez maior de pessoas acima do peso, lembrando que indivíduos com sobrepeso significativo têm maior risco de desenvolver uma série de doenças e condições médicas.Por outro lado, a maioria das pessoas que fazem uso de medicamentos perde uma pequena quantidade de peso em curto prazo, mas ficam sujeitas a efeitos colaterais indesejáveis. Além disso, as pessoas tendem a engordar novamente ao interromperem essa forma de tratamento. Os procedimentos cirúrgicos estão indicados apenas para os quadros mais graves, pois apresentam riscos.Há, ainda, o tratamento por meio de dietas alimentares e exercícios físicos, a maioria das pessoas que optam por essa modalidade de tratamento e conseguem emagrecer num primeiro momento, infelizmente acabam recuperando os quilos perdidos dentro de um ano, pois geralmente abandonam os novos hábitos.Dentro desse cenário pouco alentador, há uma opção de tratamento pouco conhecida, ausente de efeitos colaterais e de boa eficácia, quando utilizada em associação com uma dieta nutritiva e saudável. Esse é um programa psicológico baseado nos princípios da terapia cognitiva que pode ser administrado por psiquiatra ou psicólogo com formação em Terapia Cognitiva Comportamental. Esse programa não recomenda o que comer, pois não é uma dieta alimentar. Na verdade, é possível escolher o que comer, se o paciente estabelecer a programação mental adequada.Pesquisas mostram que as pessoas podem aprender a mudar seus comportamentos. Casais em conflitos podem aprender a se comunicar de maneira mais eficaz. Pessoas tímidas podem aprender a ser mais assertivas. Porém, a menos que mudem também seus pensamentos, em geral, retomam, mais cedo ou mais tarde, seus antigos padrões comportamentais. O mesmo tipo de recaída acontece na dieta. Sem modificar a maneira de pensar, não conseguirá sustentar novos hábitos alimentares.

Sabotagem

Pessoas que lutam para emagrecer têm uma programação mental que sabota seus esforços. Frequentemente têm pensamentos como:* Sei que não deveria comer isso, mas não me importo.* Se eu comer isso só dessa vez, não haverá problema.* Tive um dia difícil mereço comer o que quiser.* Estou chateada, tenho que comer.

Pensando magro

Neste contexto, a terapia cognitiva comportamental ensina as pessoas a enfrentar esses pensamentos sabotadores de forma convincente. Quando escutar uma pequena voz na cabeça dizendo “Ah, como só isso... Não tem importância”, você será capaz de dizer para si mesmo “Tem importância sim... Eu quero ser magro... Se comer isto sentirei prazer por alguns minutos, mas depois irei me sentir mal... Para mim é muito mais importante emagrecer do que ter alguns segundos de prazer” Além disso, ensina técnicas para resistir a alimentos tentadores mesmo que estejam bem à sua frente; lidar com a fome, com os desejos incontroláveis, com o estresse e com as emoções negativas, sem que precise comer para se confortar. Além disso, o paciente aprenderá a se motivar para praticar exercícios e aderir à dieta alimentar escolhida. Enfim, aprenderá tudo o que for necessário para alcançar o sucesso de sua dieta, mudando a maneira como pensa.

Colaborou

Leonardo Alovisi Martins, médico psiquiatra especializado em terapia [email protected]

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