Uma pesquisa realizada no Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, constatou que operar amígdalas e adenoides ("carne esponjosa" atrás do céu da boca) de crianças aumenta a produção de hormônios do crescimento. O estudo foi feito em 2010, com 26 crianças entre três e oito anos de idade que tinham esses órgãos maiores do que o normal, a ponto de prejudicar a qualidade do sono.
Os médicos fizeram exames para dosar a quantidade de hormônio do crescimento IGF-1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) nas crianças antes de serem operadas e um mês depois da cirurgia. Após a operação, os médicos observaram aumento significativo do hormônio, em todas as crianças, segunda Gabriela Robaskewicz, otorrinolaringologista do Edmundo Vasconcelos e uma das autoras do estudo.
Uma pesquisa anterior, feita na Universidade Afyon Kocatepe (Turquia), mostrou que meninos com hipertrofia de amígdalas e adenoides tinham níveis de hormônios do crescimento menores do que os de crianças com órgãos de tamanho normal.
Foram avaliados 44 meninos, entre oito e 12 anos, com a hipertrofia, e 40 saudáveis, como grupo-controle. Uma explicação para isso ocorrer é o fato de o hormônio do crescimento é liberado principalmente à noite. Como amígdalas e adenoides aumentadas causam obstrução da respiração, ronco e apneia do sono, a produção do hormônio é prejudicada.