Anvisa pode proibir uso de sibutramina em agosto

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deverá decidir até agosto se irá permitir ou proibir o uso de sibutramina, inibidor de apetite que tem provocado controvérsia dentro da classe médica. Segundo a agência, o último parecer técnico sobre o assunto deverá sair em aproximadamente 15 dias.

A Anvisa deverá banir a sibutramina do mercado brasileiro, decisão que já foi tomada pela Europa, Estados Unidos e diversos países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai).

No ano passado, um estudo apontou riscos de uso da sibutramina para pacientes com risco de problemas cardiovasculares. A pesquisa serviu de base para a decisão da Europa e para vários outros países. Além da sibutramina, a Anvisa estuda retirar do mercado drogas com derivados de anfetamina, substâncias com efeito anorexígeno que agem no sistema nervoso central.
De outro lado, o Brasil é responsável pelo consumo de cerca de 50% da sibutramina vendida em todo o mundo, além de ocupar o terceiro lugar no ranking dos países que mais consomem derivados anfetamínicos. Os dados citados pelo diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, durante o Painel Técnico Internacional sobre Eficácia e Segurança dos Medicamentos Inibidores de Apetite, evidenciam uma contradição. Se os índices de obesidade têm crescido no Brasil nos últimos anos, qual a eficácia da utilização dos anorexígenos no tratamento da obesidade?

Um estudo, conhecido como SCOUT, fez uma pesquisa em 16 países, com 10.744 mil pacientes, e indicou um aumento significativo do risco cardiovascular em pacientes com histórico de problemas cardiovasculares.
Segundo o parecer técnico da Anvisa, os riscos da utilização da Sibutramina superam os benefícios. Entre as reações adversas, estão: elevação da pressão arterial, arritmias, acidente vascular cerebral hemorrágico, convulsões e depressão.

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