A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 57 milhões de brasileiros dêem respostas exageradas aos estímulos externos, ou seja, são alérgicos. Desses, seis em cada 10 manifestam a doença nos olhos segundo o estudo multicêntrico internacional, ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in Childhood).
Não por acaso, o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, conta que no mês de julho dois em cada 10 pacientes atendidos no hospital foram diagnosticados com alergia ocular. “A estiagem aumenta a concentração de poluentes no ar e agrava a doença da mesma forma que acontece com a sinusite, asma ou rinite”, exemplifica. O ar seco, ressalta, também aumenta a evaporação da camada aquosa da lágrima. Por isso, junto com a alergia pode ocorrer olho seco, inflamação da borda das pálpebras (blefarite) ou das glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa do filme lacrimal (meibomite).
Ele diz que não existe cura para alergia. Os tratamentos apenas aliviam os sintomas – coceira, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço das pálpebras.