Biópsia embrionária para investigar doenças

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Com as transformações do papel da mulher na sociedade, planos como o de se casar e ter filhos deixaram de ser prioridade na vida de mulheres com menos de 30 anos. O problema é que isso também aumenta o grau de dificuldade para engravidar de modo natural, assim como o risco de ter um bebê com algum tipo de malformação ou doença genética. É nesse ponto que a biópsia embrionária surge como um ‘socorro’ da ciência em direção aos casais mais maduros. “A biópsia embrionária pode ser realizada a partir do terceiro dia de desenvolvimento do embrião, quando apresenta entre seis e oito células. Trata-se de um grande avanço quando comparada com a amniocentese – que analisa o líquido que envolve o feto quando a gestação já está entre 15 e 20 semanas. O principal objetivo desse exame é dar aos pais a chance de iniciar uma gravidez sabendo que o bebê estará livre de doenças e defeitos congênitos”, diz Assumpto Iaconelli, diretor do Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo.  De acordo com o médico, enquanto as chances de uma jovem de 20 anos ter um bebê com Síndrome de Down é de uma em cada 1.500, essa proporção é radicalmente alterada para uma em cada 250 aos 35 anos e uma em cada 25 aos 45 anos. “Com a biópsia embrionária, é possível avaliar os embriões antes de serem transferidos para o útero materno durante o processo de fertilização in vitro. Antes disso, os pacientes devem passar por um aconselhamento genético-reprodutivo, realizando um histórico familiar detalhado e a análise cromossômica dos cônjuges. As tecnologias empregadas têm diferentes objetivos e métodos, podendo testar o embrião para mais de 600 doenças gênicas ou abortamentos de repetição”.

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