Médicos de Passo Fundo apresentam trabalhos em Congresso de Cirurgia Bariátrica

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Vários estudos estão em andamento a fim de buscar uma melhor compreensão da obesidade. Um estudo britânico conduzido pelo PhD Dr. Carrel Le Roux demonstrou que há indivíduos obesos que têm preferência por alimentos mais calóricos e em maior quantidade. Por mecanismos hormonais, a cirurgia do bypass gástrico é capaz de modificar a preferência alimentar para vegetais e alimentos de elevado teor nutricional. O aumento de GLP1 e a redução Ghrelina são os principais hormônios envolvidos.
Contudo outros estudos evidenciaram um mecanismo envolvendo DNA. Existe uma alteração do DNA induzida pelo ambiente. Um novo DNA é formado constituindo um efeito epigenético. Esse novo código genético passa para as gerações futuras e pode estar relacionado ao expressivo aumento global da obesidade clinicamente severa.
Outro ponto relevante é o efeito biológico da flora intestinal. Foi encontrada em ratos uma possível participação bacteriana intestinal por efeito bioquímico, por determinar melhor aproveitamento de nutrientes levando ao ganho de peso. Entretanto, apesar de todas essas hipóteses e teorias, na prática, a cirurgia continua sendo a única maneira de controlar o peso dos pacientes refratários ao tratamento clínico ou nutricional.
No campo da cirurgia para o diabetes foi demonstrado excelente resultado em longo prazo no controle do aumento dos níveis de glicose. Porém, todos os autores reforçam a necessidade de acompanhamento médico dos níveis glicêmicos uma vez que a cirurgia não cura, mas assim como o tratamento clínico e de uma maneira mais confortável e eficaz, controla a doença. Ficou explícito que com raras exceções, todos os pacientes com obesidade moderada ou grave e tratamento medicamentoso para diabetes devem ser considerados para cirurgia. Para os pacientes com obesidade leve associada, a opção pela cirurgia já está sendo adotada em vários países do mundo como, por exemplo, os Estados Unidos e Índia. No Brasil, a cirurgia do diabetes sem obesidade grave evidenciou resultados muito animadores, com remissão completa em cerca de 70% e melhora em mais de 85% dos pacientes.
Carlos Augusto Madalosso, cirurgião bariátrico, médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro internacional da American Society for Metabolic and Bariátric Surgery apresentou resultados comparativos entre diferentes técnicas de cirurgias do bypass gástrico. As técnicas comparadas foram as com anel e sem anel. Sabidamente esse dispositivo dificulta a tolerância alimentar, porém justificava-se seu uso para obtenção de melhor perda de peso. Neste estudo os autores demonstraram equivalência de perda de peso pelo menos nos três primeiros anos de acompanhamento, justificando, portanto o abandono do uso deste dispositivo.
Iran Moraes Jr, gastroenterologista e nutrólogo da Gastrobese, mostrou o excelente resultado no tratamento endoscópico de estreitamento cicatricial da conexão do estômago com intestino que é realizada na cirurgia do bypass gástrico. Esse estreitamento é causa de intolerância alimentar e o tratamento endoscópico especializado corrige esse estreitamento restaurando tolerância alimentar à normalidade.
A Gastrobese expôs também seu resultado no controle glicêmico de paciente com obesidade mórbida que após perda de 50Kg e correção do diabetes tipo II desenvolveu crises de hipoglicemia após cirurgia. Com uma modificação na técnica foi possível de se adequar os níveis glicêmicos sem haver reganho de peso ou retorno do diabetes.
Vários estudos estão em andamento a fim de buscar uma melhor compreensão da obesidade. Um estudo britânico conduzido pelo PhD Dr. Carrel Le Roux demonstrou que há indivíduos obesos que têm preferência por alimentos mais calóricos e em maior quantidade. Por mecanismos hormonais, a cirurgia do bypass gástrico é capaz de modificar a preferência alimentar para vegetais e alimentos de elevado teor nutricional. O aumento de GLP1 e a redução Ghrelina são os principais hormônios envolvidos.Contudo outros estudos evidenciaram um mecanismo envolvendo DNA. Existe uma alteração do DNA induzida pelo ambiente. Um novo DNA é formado constituindo um efeito epigenético. Esse novo código genético passa para as gerações futuras e pode estar relacionado ao expressivo aumento global da obesidade clinicamente severa.Outro ponto relevante é o efeito biológico da flora intestinal. Foi encontrada em ratos uma possível participação bacteriana intestinal por efeito bioquímico, por determinar melhor aproveitamento de nutrientes levando ao ganho de peso. Entretanto, apesar de todas essas hipóteses e teorias, na prática, a cirurgia continua sendo a única maneira de controlar o peso dos pacientes refratários ao tratamento clínico ou nutricional.No campo da cirurgia para o diabetes foi demonstrado excelente resultado em longo prazo no controle do aumento dos níveis de glicose. Porém, todos os autores reforçam a necessidade de acompanhamento médico dos níveis glicêmicos uma vez que a cirurgia não cura, mas assim como o tratamento clínico e de uma maneira mais confortável e eficaz, controla a doença. Ficou explícito que com raras exceções, todos os pacientes com obesidade moderada ou grave e tratamento medicamentoso para diabetes devem ser considerados para cirurgia. Para os pacientes com obesidade leve associada, a opção pela cirurgia já está sendo adotada em vários países do mundo como, por exemplo, os Estados Unidos e Índia. No Brasil, a cirurgia do diabetes sem obesidade grave evidenciou resultados muito animadores, com remissão completa em cerca de 70% e melhora em mais de 85% dos pacientes.Carlos Augusto Madalosso, cirurgião bariátrico, médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro internacional da American Society for Metabolic and Bariátric Surgery apresentou resultados comparativos entre diferentes técnicas de cirurgias do bypass gástrico. As técnicas comparadas foram as com anel e sem anel. Sabidamente esse dispositivo dificulta a tolerância alimentar, porém justificava-se seu uso para obtenção de melhor perda de peso. Neste estudo os autores demonstraram equivalência de perda de peso pelo menos nos três primeiros anos de acompanhamento, justificando, portanto o abandono do uso deste dispositivo.Iran Moraes Jr, gastroenterologista e nutrólogo da Gastrobese, mostrou o excelente resultado no tratamento endoscópico de estreitamento cicatricial da conexão do estômago com intestino que é realizada na cirurgia do bypass gástrico. Esse estreitamento é causa de intolerância alimentar e o tratamento endoscópico especializado corrige esse estreitamento restaurando tolerância alimentar à normalidade.A Gastrobese expôs também seu resultado no controle glicêmico de paciente com obesidade mórbida que após perda de 50Kg e correção do diabetes tipo II desenvolveu crises de hipoglicemia após cirurgia. Com uma modificação na técnica foi possível de se adequar os níveis glicêmicos sem haver reganho de peso ou retorno do diabetes.

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