Evidências científicas e estudos recentes sobre a contribuição do chá verde na prevenção de doenças cardiovasculares e em algumas formas de câncer despertaram o interesse da nutricionista Ana Elisa Senger, que desenvolveu a dissertação Eficácia do consumo do chá verde nos componentes da síndrome metabólica (SM) em idosos no mestrado em Gerontologia Biomédica.
Para investigar a eficácia da bebida nos fatores de risco da SM, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, triglicerídeos aumentados e colesterol bom (HDL) reduzido, o chá verde foi inserido na dieta de 45 pacientes do ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, no Hospital São Lucas. Os participantes, com média de 72 anos, foram divididos em dois grupos: um consumiu três xícaras de chá verde de 200 ml diariamente durante dois meses, enquanto o grupo de controle não ingeriu a bebida no período.
Com pesagem, medição da pressão arterial e da circunferência abdominal a cada 30 dias, e coleta de sangue no início e no fim do estudo, os resultados mostraram que o grupo que incluiu o chá verde na alimentação, mesmo sem atividades físicas e dieta equilibrada, teve uma redução de cerca de 1,2 kg no peso total e de 2,7 cm da circunferência da cintura, associada à taxa de mortalidade e de doenças cardiovasculares.