Câncer de próstata será o mais comum entre os homens

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O Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) estima que mais de 1 milhão de brasileiros receba, nos próximos dois anos, o diagnóstico de câncer no país. Estima-se que os novos casos da doença devam atingir 50,8% dos homens, sendo o câncer de próstata a doença mais comum entre eles.

Tão importante quanto o diagnóstico precoce é a forma de tratamento e, em qualquer que seja o tipo de câncer, é importante saber que a doença não precisa estar associada a um atestado de morte.

Segundo os médicos oncologistas Rodrigo Ughini Villarroel, Luis Alberto Schlittler e Nicolas Lazaretti, do Centro Integrado de Terapia Onco-hematológica (Cito), o câncer de próstata é a segunda maior causa de óbitos por câncer em homens. Por isso, confira a seguir as principais informações sobre a doença.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é a segunda maior causa de óbitos por câncer em homens, sendo superado apenas pelo de pulmão. Estima-se que no Brasil sejam diagnosticados mais de 130 casos novos por dia.

O Rio Grande do Sul é o estado que apresenta a maior taxa bruta, com 82 NOVOS CASOS por ano a cada 100 mil habitantes.

Como surge?

O câncer da próstata surge quando, por razões ainda não totalmente conhecidas pela ciência, as células da próstata passam a se dividir e se multiplicar de forma desordenada, levando à formação de um tumor. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos do corpo e podendo levar à morte. Uma grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta que não chega a dar sintomas durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Sintomas

O câncer de próstata em sua fase inicial tem uma evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos sintomas do crescimento benigno da próstata (conhecido como hiperplasia benigna de próstata):

• jato urinário cada vez mais fraco;

• dificuldade ou demora para iniciar a micção;

• necessidade freqüente de urinar;

• interrupção involuntária do jato urinário (interrompe e volta a urinar);

• presença de sangue na urina;

• dor ou sensação de queimação durante o ato de urinar;

• urgência (sensação de que não pode postergar o ato de urinar);

• sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Uma fase avançada da doença pode ser caracterizada por um quadro de dor óssea, piora dos sintomas urinários ou, quando mais grave, por infecções generalizadas ou insuficiência renal.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de próstata é feito pela biópsia da próstata. Entretanto, para sabermos em quais pessoas esta biópsia pode ser indicada, precisamos saber quando é que existe um maior risco do câncer estar presente. Para isso, fazemos geralmente 2 tipos de exames: o exame clínico (toque retal) e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês). Eventualmente também é feita a ultrassonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). Estes exames combinados poderão mostrar a necessidade de se realizar a biópsia prostática transretal. Muitos homens têm a idéia de que a dosagem sanguínea do PSA é suficiente para o rastreamento do câncer de próstata. Na realidade não é, pois apesar de o PSA ser o teste mais sensível para a detecção do câncer de próstata, níveis normais de PSA podem ser encontrados em até cerca de 20% dos casos de câncer de próstata. Embora, o exame de toque também possa falhar, fazendo os dois exames juntos a probabilidade de acerto quanto ao diagnóstico é maior. Portanto, um exame não exclui o outro. Ao contrário, um complementa o outro para aumentar as chances do diagnóstico precoce.

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