Mais do que pensar em diversão e intimidade, os jovens devem ficar atentos à própria saúde. Pesquisas indicam que o índice de casos de câncer de boca está aumentando e o principal precursor é a prática de sexo oral, sem preservativo. E há uma mudança no perfil dos que adquirem a doença atualmente: se antes a doença acometia homens acima de 50 anos, tabagistas ou alcoólatras, hoje, afeta mais jovens (entre 30 e 45 anos), que não fumam e nem bebem em excesso, mas praticam sexo oral desprotegido.
De acordo com o médico oncologista Henrique de Lins e Horta, o câncer de boca, associado ao vírus HPV, diferente dos casos relacionados ao fumo e ao álcool, afeta mais comumente as amídalas e a base de língua, sendo habitualmente tumores pouco diferenciados. “Na maioria dos casos, a sobrevida e a resposta ao tratamento dos pacientes com esse tipo de câncer é melhor do que os casos associados ao cigarro e a bebida”, completa. Os sintomas da doença causada pelo vírus são os mesmo do câncer de boca associado ao fumo e à bebida: úlceras (feridas) orais que não cicatrizam, lesões vegetantes, dor e sangramento na boca, dificuldade para engolir e nódulos na região do pescoço.