De acordo com dados do Ministério da Saúde, acidentes com queimaduras respondem por boa parte dos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que mais de 30% deles ocorra em crianças de uma a quatro anos. Existem três tipos de queimaduras: as de primeiro, segundo e terceiro graus.
O cirurgião plástico e chefe do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Federal do Andaraí, Luiz Macieira Junior, ressalta que na hora do acidente, a vítima deve procurar imediatamente um pronto-socorro. Ele dá dicas do que fazer nesses casos. ”A principal medida a ser tomada quando uma pessoa se queima é aplicação de água fria, embebida em toalhas para aliviar a dor e neutralizar o calor. Não devemos passar pó de café, pasta de dente, água sanitária, porque esses agentes, para serem removidos no momento do atendimento médico, vão provocar mais dor ainda e um risco de aprofundar a queimadura, porque na remoção desse material, a pele vai ser manipulada e pode gerar um aprofundamento da ferida.”
Segundo o cirurgião plástico, as cicatrizes podem ser menores se o atendimento à vítima for feito da forma recomendada. “Essas cicatrizes vão ser consequência do grau, da profundidade e do tratamento recebido. Quem recebe, imediatamente, tratamento neutralizando o calor, limpando a ferida já deu o primeiro passo acertado para que essas queimaduras não se aprofundem. Porque o que vai determinar cicatriz na queimadura é a profundidade dela. Com o atendimento feito corretamente, é claro que vai atenuar sequelas futuras.”
Por meio de uma portaria, em novembro de 2000, o Ministério da Saúde criou mecanismos para a implantação de redes Estaduais de Assistência a Queimados. A ação, que deu origem a muitos Centros de Tratamento, tem como objetivo dar condições técnicas para realizar atendimento especializado para queimados.
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