Por Daniel Navarini
O câncer de estômago (adenocarcinoma gástrico) permanece como uma das principais causas de morte por neoplasias no Brasil. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento desta doença são: história familiar, tabagismo, gastrites crônicas causadas pela bactéria Helicobacter pylori em pessoas com história familiar de câncer gástrico, obesidade, consumo excessivo de sal e alimentos defumados, baixo consumo de frutas e verduras, e outras menos comuns.
Por Daniel Navarini
O câncer de estômago (adenocarcinoma gástrico) permanece como uma das principais causas de morte por neoplasias no Brasil. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento desta doença são: história familiar, tabagismo, gastrites crônicas causadas pela bactéria Helicobacter pylori em pessoas com história familiar de câncer gástrico, obesidade, consumo excessivo de sal e alimentos defumados, baixo consumo de frutas e verduras, e outras menos comuns.
Em países como o Japão, onde o câncer de estômago é muito comum, a triagem em massa da população ajuda a encontrar muitos casos em fase precoce. Estudos realizados nos Estados Unidos não demonstraram benefício no rastreamento para câncer de estômago na população geral. Porém, pessoas com fatores de risco para esta neoplasia podem ser beneficiados com avaliação médica e endoscópica (conforme indicação), especialmente aqueles com mais de 50 anos, idade na qual esta doença é mais comum.
Os sintomas deste tipo de tumor podem ser semelhantes aos de inúmeras doenças gastroenterológicas benignas, o que dificulta o diagnóstico. Seus principais sinais e sintomas são: perda de peso, dor abdominal, sensação de “estufamento” após ingestão de alimentos (plenitude gástrica), anemia, náuseas, vômitos, perda do apetite, entre outros. Muitas vezes, os sintomas são tão inexpressivos que são ignorados pelos pacientes, o que leva ao retardo no diagnóstico, reduzindo as chances de cura. A avaliação médica possibilita a identificação de fatores de risco, sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de realização de exames complementares.
O tratamento cirúrgico é necessário na maioria dos casos e obedece aos princípios determinados pela Associação Japonesa de Câncer Gástrico (JGCA), adotado hoje por cirurgiões de todo o mundo e recomendado pela Associação Brasileira de Câncer Gástrico (ABCG). Entre outros tratamentos, a quimioterapia e a radioterapia também podem ser necessárias. Mais recentemente as cirurgias laparoscópicas (videocirurgias) ganharam espaço no tratamento de diversos tipos de tumores do aparelho digestivo, especialmente os tumores de cólon (intestino grosso). No câncer de estômago esta modalidade de cirurgia pode ser utilizada em casos selecionados.
Assim como na maioria dos tumores malignos, no câncer de estômago o principal fator envolvido no prognóstico e possibilidade de cura é o diagnóstico precoce.
Daniel Navarini é especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo (CBCD/AMB) e membro da Associação Brasileira de Câncer Gástrico (ABCG)