Profissionais que trabalham durante todo o expediente em computadores devem ficar atentos à saúde dos olhos. O uso excessivo da máquina pode causar ardência, vermelhidão, dificuldade de manter o foco, lacrimejamento dos olhos, além de dores de cabeça e sensibilidade à luz. Esse conjunto de sintomas pode configurar a Síndrome da Visão do Computador.
O quadro de Síndrome da Visão do Computador dificilmente pode trazer graves lesões aos olhos, mas ocasiona pequenos distúrbios oculares, além do desconforto. Julio da Costa Sousa, oftalmologista do Hospital Federal do Andaraí, vinculado ao Ministério da Saúde, explica que podem ser feitos ajustes em busca de prevenção. “É fundamental manter 50 a 60 centímetros de distância do monitor. A cada hora, devemos fazer intervalos de cinco a dez minutos, olhando para o ponto mais distante do ambiente”, afirma.
O especialista ressalta que piscar os olhos é importante, pois lubrifica as córneas. “Quando nos concentramos muito, piscamos menos, o que causa ressecamento. Por isso, é importante abrir e fechar os olhos várias vezes durante o horário de trabalho”, afirma Julio da Costa Sousa. Colírio lubrificante, segundo ele, também é uma boa alternativa, principalmente para quem usa lentes de contato.
Para diminuir os efeitos negativos, é recomendado ajustar o topo do monitor à altura dos olhos ou abaixo deles. Ao olhar para cima, a abertura das pálpebras é maior, o que causa maior exposição à luz e ao ressecamento. Quanto aos ajustes de brilho, contraste e cor, o oftalmologista afirma que devemos configurá-los da maneira que pareça mais confortável aos olhos, o que vai depender de cada pessoa.
Iluminação – O olho humano é um órgão adaptável a diversos ambientes e ofertas de luz. No entanto, é possível tornar a iluminação mais agradável para evitar danos. “Colocar lâmpadas dos lados do monitor pode ser uma boa medida”, afirma Julio Sousa. O médico explica que utilizar o computador no escuro é um péssimo hábito para a saúde ocular. Em locais com janelas, é preciso estar sempre de costas para a luz do sol.
De acordo com o oftalmologista do Hospital Federal do Andaraí, vinculado ao Ministério da Saúde, existe uma discussão sobre o melhor tipo de lâmpada, mas não há consenso. Continua a valer a regra da sensação de conforto, que varia entre cada pessoa. “Não existe tempo limite de uso. Depende da capacidade de adaptação de cada um”, diz.
Fonte: Agência Saúde