Duas técnicas médicas estão tornando mais eficiente o trabalho de médicos radiologistas no exame de possíveis doenças no intestino delgado. A Enterotomografia e a Enteroressonância magnética, apesar de não serem novas, estão se tornando mais acessíveis para a população.
A técnica começou a ser descrita na década de 1990, mas tornou-se mais frequente a partir de 2005. O equipamento de tomografia e ressonância magnética exige alta tecnologia e práticas como o chamado "Multi-slice". O procedimento é não invasivo e indolor e produz múltiplas aquisições no interior do corpo que são processadas em computadores gerando imagens de secções (cortes) transversais.
“A principal indicação são para doenças inflamatórias do intestino delgado, onde a principal é Doença de Crohn. Permite avaliar tumores no intestino delgado, sangramento intestinal oculto, Isquemia intestinal e obstrução intestinal”, xplica o médico e vice-presidente da Associação Gaúcha de Radiologia na área de ressonância magnética, Gustavo Felipe Luersen.
A técnica mais comum é o Raio-x de trânsito intestinal. Segundo o especialista um dos diferenciais dos novos exames é identificar as alterações em toda as camadas da parede intestinal. “Isso permite a avaliação de achados extra-intestinais. No caso de doenças inflamatórias, o médico pode avaliar se tem atividade inflamatória o que muda o tratamento. Também torna possível encontrar alguma complicação como obstrução, perfuração, fístula, abscesso, obstrução ou perfuração”, completa o médico.