A hipertensão atinge cerca de 30% da população brasileira e aumenta progressivamente com a idade, chegando a mais de 50% após os 60 anos, e também aumenta em quatro vezes os riscos de doenças arteriais coronárias quando comparado às mulheres com pressão arterial normal. Em indivíduos com predisposição genética e estilo de vida inadequado (sedentarismo, dieta hipersódica, hipercalórica e hipergordurosa) a doença se dá mais precocemente e com características de maior resistência ao tratamento.
A cada ano aumenta o número de óbitos no Brasil por doença arterial coronária (DAC) e são registrados, por ano, aproximadamente 300 mil mortes por doenças do coração e cérebro no país, isto é, a cada dois minutos, ocorre um óbito em função destas doenças.
Estudos revelam, ainda, que a DAC cresce anualmente devido ao inadequado controle dos principais fatores de riscos cardiovasculares como a hipertensão, diabetes e o aumento do colesterol.
Segundo o cardiologista e clínico geral do Hospital do Coração, a hipertensão é caracterizada quando a pressão arterial está acima de 140 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos, confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas. Às vezes, a pressão pode subir como consequência de atividade física, estresse, drogas, alimentos, fumo, álcool e café. A pressão é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassa 130 e a diastólica (mínima) é inferior a 85 mmHg.
“O clínico geral tem papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento destas doenças. Primeiro porque cerca de 40% dos pacientes que chegam ao consultório do clínico, atualmente, apresentam estas doenças. Depois porque é o primeiro e, muitas vezes, o único profissional a ser procurado pelo paciente”, esclarece Abrão Cury.