Contracepção cirúrgica exige muita reflexão

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Motivados pelo crescimento da população mundial e pelo desejo de milhares de casais em controlar o número de filhos, especialistas de todo o planeta passaram a desenvolver, com mais frequência a partir da segunda metade do século 20, inúmeros tipos de métodos contraceptivos. Com diferentes estruturas e formas de atuação no organismo, esses métodos se popularizaram e ficaram mais acessíveis para grande parte da população.

“Os métodos contraceptivos podem ser divididos em comportamentais, de barreira, dispositivo intrauterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos. A escolha por um desses métodos deve ser personalizada, levando em consideração inúmeros fatores que serão analisados por um especialista”, explica o ginecologista André de Paula Branco, médico credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais.

Mesmo com todos os benefícios, alguns destes métodos ainda geram polêmica e exigem muita reflexão, como nos casos de contracepção cirúrgica, isto é, laqueadura nas mulheres e vasectomia nos homens. “Em virtude do grande índice de arrependimentos, a primeira contraindicação do método é a falta de certeza por parte do casal sobre o fim da fertilidade. Embora exista uma possibilidade de reversão, essa chance é pequena e deve-se encarar esse método como irreversível”, detalha André.

Os métodos de contracepção cirúrgica exigem tanta preocupação que eles são regulamentados e só podem ser realizados legalmente se seguirem algumas determinações. No Brasil, tais métodos só podem ser aplicados em pessoas com capacidade civil plena e com mais de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, visando desencorajar a esterilização precoce. “Ainda é proibida a esterilização cirúrgica durante o parto ou aborto, salvo situações de extremo risco à mãe, fato que deve ser documentado e assinado por, pelo menos, dois médicos”, conta o especialista.

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