Escore de cálcio coronariano, angiotomografia coronariana e ressonância magnética cardíaca são as novidades quando assunto é diagnóstico cardíaco. “Ontem mesmo, liguei para um colega cardiologista e lhe informei após o exame de angiotomografia coronariana, que o Sr. João deveria ser submetido ao exame de cateterismo cardíaco, pois apresentava obstruções significativas das suas coronárias (artéria que leva sangue ao coração). Esse caso irá ilustrar o assunto dessa matéria”, explica o médico cardiologista Estêvan Vieira Cabeda, que trabalha na clínica Kozma e no hospital Sírio Libanês.
Conforme ele, a doença cardiovascular (infarto) é a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. “A doença é tão grave que sua primeira manifestação/sintoma pode ser a morte e, muitas vezes, os sintomas como dor no peito, falta de ar e cansaço só aparecem quando a doença (obstrução das artérias coronárias) já está bem avançada”, ressalta. É baseado neste histórico que a clínica Kozma oferece os exames escore de cálcio coronariano, angiotomografia coronariana e ressonância magnética cardíaca, os mais moderno para diagnóstico e prevenção de doença cardiovascular. A seguir, conheça as propriedades de cada um deles, conforme Cabeda.
Escore de Cálcio Coronariano
O escore de cálcio é uma simples tomografia de tórax acoplada ao eletrocardiograma não sendo necessário nenhum preparo, acesso venoso ou jejum. O exame é rápido e seguro devido à mínima carga de radiação e o não uso de contraste iodado.
O escore de cálcio avalia a presença de placas de cálcio nas artérias coronárias, achado que apresenta uma relação direta com a presença e a extensão da doença arterial coronariana. Apesar desse escore não indicar se a pessoa tem ou não obstrução coronária, altos níveis de escore de cálcio indicam maior probabilidade da presença de obstrução das artérias coronárias e eventos cardíacos futuros como infarto do coração.
O escore de cálcio acrescenta informações no diagnóstico da doença arterial coronariana, complementando outras informações de fatores de risco cardiovascular (pressão alta, colesterol, tabagismo) podendo alterar e/ou acrescentar condutas e o tratamento cardiológico.
Além disso, com o escore de cálcio calculamos a idade arterial. Por exemplo, um indivíduo de 55 anos com escore de cálcio coronário mais elevado do que a média para a sua idade pode ter suas artérias mais compatíveis com alguém de 70 anos.
Então, quem deve realizar o escore de cálcio coronariano?
O escore de cálcio faz parte do famoso rol de exames de “check-up cardiológico” e é indicado para pessoas SEM SINTOMAS, mas com fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, colesterol e tabagismo, ou ainda, pessoas acima de 40 anos com diabetes ou com histórico familiar de infarto e angina de peito.