O controle das doenças crônicas conquista avanços no cenário mundial. Foi aprovada em maio resolução que prevê a criação de metas específicas para redução e incidência da mortalidade por agravos não transmissíveis, como diabetes e câncer. O documento foi aprovado durante a 65ª Assembleia Mundial da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde, em Genebra.
O Brasil, grande incentivador da ação, participou ativamente das discussões sobre o assunto, e foi um dos proponentes da minuta de resolução, ao lado do Canadá, Noruega, Rússia, Suíça, Tailândia e Estados Unidos. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, que participa do da Assembleia, destacou a importância da decisão. "A definição de metas e indicadores irá nos permitir monitorar o avanço das doenças crônicas não transmissíveis, que vem apresentando crescimento nos últimos anos", afirmou Jarbas.
De acordo com a resolução, serão realizadas consultas técnicas e discussões regionais ao longo de 2012 para subsidiar a elaboração e pactuação das metas, o que deve ocorrer a partir do final de outubro deste ano. Um dos objetivos, no entanto, já foi definido - a redução em 25% da mortalidade prematura por agravos crônicos até o ano de 2025. O foco das metas será em doenças cardiovasculares (maior causa de mortalidade no Brasil) câncer, doenças crônicas respiratórias e diabetes. Serão contemplados também os principais fatores de risco, como alcoolismo, tabagismo, obesidade e sedendatarismo.
Controle
O estabelecimento de indicadores e metas internacionais está alinhado com o Plano de Ações para o Enfrentamento das Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, lançado em 2011. O plano tem como principal objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas e sustentáveis para a prevenção e o controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis e seus fatores de risco.“Hoje, 72% das mortes no país são causadas por doenças crônicas. Por isso, as ações para prevenir e reduzir a prevalência e mortalidade por estas doenças, têm papel central no âmbito da vigilância em saúde do SUS", afirma Jarbas Barbosa.