Furos a mais no cinto não são apenas sinais de um problema estético. Além do incômodo no espelho, a gordura abdominal é, acima de tudo, questão de saúde. Acumulada no abdome e próxima a locais importantes como o fígado, rins e coração, ela pode sobrecarregar estes órgãos tão importantes para o bom funcionamento do corpo humano.
Descobrir se aquela “barriguinha de chope” é perigosa, é fácil: basta medir a circunferência do abdome. Atenção homens com mais de 94 centímetros de circunferência e mulheres acima de 80 centímetros. O risco de desenvolver doenças cardiovasculares é aumentado quando se apresenta essas medidas. Além de prejudicar o coração, a gordura abdominal é responsável por problemas hepáticos.
“A obesidade por si só acontece por fatores genéticos e ambientais, como sedentarismo, dieta errada ou hipercalórica. Para a gordura ser acumulada especificamente em abdome a questão é simplesmente genética, não é nada que alguém fez ou comeu que levou a isto. Ou seja, quem engorda é pelo mesmo motivo; mas quando se engorda, um ganha mais barriga que o outro por questão genética”, explica o médico endocrinologista Dilermando Brito.
De acordo com o especialista, a gordura abdominal pode acometer todas as faixas etárias, incluindo as crianças. Em adultos o risco é maior, pois existe a possibilidade da existência de outros problemas concomitantes, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, somando-se os riscos.