O assunto é polêmico. Liberdade, comodidade e conforto. São vários os argumentos em prol da interrupção da menstruação, mas independente da escolha é fundamental que o médico ginecologista seja consultado.
A pílula anticoncepcional, com o intuito de inibir a fertilidade da mulher, normalmente é utilizada durante três semanas, havendo um intervalo de sete dias, no qual ocorre a menstruação. Para não menstruar, a mulher pode emendar as cartelas. Vale ressaltar que o procedimento deve ser feito esporadicamente. Ao decidir não pausar, o ciclo menstrual poderá ficar desregulado. “Alterações na intensidade do fluxo e na data da próxima menstruação podem ocorrer”, explica o ginecologista André de Paula Branco.
A maioria dos contraceptivos orais combinam os hormônios estrogênio e progesterona, e são programados para serem interrompidos. “Se a mulher decide emendar as cartelas vai ingerir uma dose elevada dos hormônios”, garante o especialista. Atualmente, existem opções de contraceptivos exclusivamente à base de progesterona que inibem completamente a menstruação durante o seu uso.
Segundo o ginecologista, o excesso de estrogênio causa consequências, como: pressão alta, alterações venosas, problemas de coagulação no sangue e até aumentar o risco de desenvolver mioma uterino e câncer de mama. No entanto, não há motivos para se preocupar: é possível, sim, emendar as cartelas de anticoncepcional e evitar o desconforto da menstruação quando necessário. “Uma vez ou outra não é proibido”, completa.