Os efeitos do cigarro para os ossos

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Os problemas pulmonares não são a única consequência do fumo. O ortopedista Leonardo Rocha, do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), explica que a absorção do cálcio, mineral essencial na composição dos ossos, pode ficar comprometida na presença da nicotina no organismo. “A nicotina inibe a produção de osteoblasto, célula responsável pela produção óssea. Já o monóxido de carbono, principal substância do cigarro, é extremamente venenoso, pois reduz em até 15% a capacidade do sangue de transportar oxigênio”. A diminuição dos níveis de oxigênio no organismo reduz a densidade dos ossos, tornando-os mais frágeis.

Em decorrência, os fumantes ficam mais propensos à osteoporose, doença caracterizada por ossos mais finos devido à perda de minerais e, consequentemente, mais suscetíveis a fraturas. “A baixa resistência dos ossos prejudica a recuperação depois de uma cirurgia e torna mais lenta a reação do organismo a tratamentos médicos. O fumo retarda a cicatrização afetando toda a cadeia inflamatória. Fumantes que sofrem fraturas ósseas têm tempo de recuperação 60% mais longo do que pessoas que não fumam”, explica Leonardo Rocha. A deficiência óssea acentua ainda a possibilidade dos fumantes adquirirem problemas na coluna vertebral e os deixa mais sujeitos à amputação de membros, em função de um distúrbio no sistema circulatório que gera coágulos dentro do vaso sanguíneo (tromboembolismo).

Gostou? Compartilhe