Robótica e laparoscopia: o caminho da urologia

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Mais de 12 mil urologistas de todo o mundo estiveram, de 18 a 24 de maio, reunidos em Atlanta, nos Estados Unidos, participando do AUA Meeting Associação Americana de Urologia. Um dos participantes foi o médico de Passo Fundo, Eduardo Scortegagna. De acordo com ele, este evento é considerado o maior e melhor encontro de urologistas do mundo. O Meeting acontece anualmente.

“Neste evento são discutidos e apresentados todos os trabalhos e pesquisas realizadas em todo o mundo, na área da urologia, bem como resultados de tratamentos e uso de tecnologias avançadas como a utilização da Robótica e da Laparoscopia, consideradas cirurgias minimamente invasivas, uma vez que não se utiliza incisões”, explica Scortegagna. Neste tipo de cirurgia, o trauma é bem menor, diminuindo a dor, o sangramento e o tempo de internação. “Esta técnica é hoje aplicada em mais de 95% das cirurgias urológicas realizadas nos Estados Unidos, como próstata, rim, bexiga, entre outros, com altos níveis de evidência favoráveis a este método”, salienta o médico.

Conforme Scortegagna, alguns médicos ainda são um pouco resistentes à técnica, mas esta deve ser o caminho a ser trilhado na urologia. “No nosso meio, apesar da resistência de alguns cirurgiões, este método está sendo empregado, com toda a eficiência e com excelentes resultados, tal como nos Estados Unidos”, explica. De acordo com ele, modernos aparelhos de dissecção e imagens permitem que o cirurgião consiga visualizar estruturas, que em cirurgias abertas seria impossível, “pois as microcâmeras de alta definição aumentam as estruturas, como nervos e artérias, responsáveis pela ereção peniana em 20 vezes, o que dá ao cirurgião condição de preservação destas importantes estruturas”, destaca.

 

Novidades

Além das cirurgias por laparoscopia e robótica, outros temas importantes foram abordados no AUA Meeting Associação Americana de Urologia. “Em relação ao tratamento da hipertrofia da próstata, doença que atinge a maioria dos homens depois dos 50 anos de idade fizeram parte dos debates, assim como sintomas como dificuldade de urinar, acordar à noite, gotejamento terminal, desconforto, bexiga, perda do interesse sexual e outros que outrora eram considerados tratamentos cirúrgicos, hoje com modernos medicamentos, estas patologias raramente se tornam cirúrgicas, podendo ser acompanhadas clinicamente dando ao paciente um qualidade de vida melhor sem utilização de cirurgias invasivas e, às vezes, com sequelas importantes”, avalia.

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