A incidência de câncer em uma pessoa depende de muitos fatores e hábitos de vida, como o tabagismo, o consumo de álcool e a alimentação. Uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, é importante para manter o bom funcionamento do organismo e, portanto, evitar alterações celulares.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma alimentação saudável pode reduzir o risco da doença em pelo menos 40%. As vitaminas, fibras e outras substâncias ajudam as defesas naturais do corpo a destruir agentes cancerígenos antes que eles causem danos graves às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais da formação de um tumor, como destacaram a oncologista Fernanda Capareli e o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui.
O Inca define câncer como um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
O último informe do Inca projeta para os próximos dois anos, 518.510 novos casos de câncer no Brasil, com maior incidência dos tipos de pele não melanoma, próstata, pulmão, cólon e reto, e estômago no caso dos homens. Entre as mulheres, os mais frequentes são os tumores de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto, e tireóide.
Fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas pode criar compostos que aumentam o risco de câncer colorretal e de estômago. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, ensopado, guisado, cozido ou assado.
As alterações celulares no estômago, cólon e reto também podem decorrer de uma alimentação pobre em fibras, com alto teor de gorduras e calorias, como as comidas fast food. A principal hipótese dos médicos para que isso aconteça é porque, sem a ingestão de fibras, o intestino funciona mais devagar. Por esse motivo, a mucosa fica mais tempo exposta aos agentes cancerígenos. A ingestão de muita gordura pode alterar, ainda, os níveis de hormônios no sangue, elevando o risco de câncer de próstata e mama.