Será que as pessoas sofreriam menos estresse se demonstrassem mais afeto pelo outro? Por que para muitos é tão difícil demonstrar carinho? Qual o impacto das diferenças culturais, comportamentais e psíquicas nestas questões? Para conhecer um pouco mais sobre estas questões, a Johnson & Johnson encomendou ao IBOPE uma pesquisa com dois mil brasileiros, de diferentes classes, gêneros e localidades.
A pesquisa, realizada em julho último com 2002 pessoas, demonstrou que 62% da população afirma que o carinho tem muita importância em suas vidas e que para os brasileiros o que melhor descreve o carinho é: amor (43%), atenção (19%) e afetividade (13%). “Quando se associa às palavras amor, atenção e afetividade como foi mostrado nesta pesquisa do IBOPE, a pessoa entende que carinho é a manifestação concreta de tudo isso, desse sentimento genuíno em relação à outra pessoa. Foi muito interessante constatar que o brasileiro tem absoluta clareza sobre estes sentimentos”, afirma o Prof. Dr. José Roberto Leite, coordenador da Unidade de Medicina Comportamental, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp e fundador do CEMCO – Centro de Estudos em Medicina Comportamental, que analisou a pesquisa.
Como esperado, as mulheres demonstram mais carinho (69%) do que os homens (54%). Por outro lado, são os homens que sentem mais falta de carinho (30% vs. 26% das mulheres). “Há um aspecto sociocultural que temos que considerar, pois para o homem é mais difícil vencer o preconceito em assumir que o carinho é importante para sua vida”, explica Leite. Mas uma boa parcela da população brasileira ainda se sente carente. Enquanto 35% afirmaram que receberam muito carinho em suas vidas, 28% declararam não ter recebido. Já 21% dos brasileiros disseram não ter manifestado carinho a ninguém. “A correria do dia a dia, estilo de vida, entre outros fatores estressantes, podem ter influenciado este resultado”, comenta
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