Três estudos e um editorial publicados no periódico "New England Journal of Medicine" relacionam a obesidade ao consumo de refrigerantes e sucos adoçados. No início de setembro, Nova York aprovou uma norma que proibindo a venda de bebidas açucaradas com mais de 437 ml em restaurantes, lanchonetes e cinemas, em uma tentativa de estancar o crescimento constante dos indicadores de obesidade.
No Brasil, 15,8% dos adultos são obesos e quase metade está acima do peso. Nos Estados Unidos, os números chegam a 35%. Uma das novas pesquisas, feita pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, analisou o consumo de bebidas adoçadas, o índice de massa corporal e genes associados à obesidade de três grupos de pessoas somando 33 mil mulheres e homens. Eles foram divididos de acordo com a frequência do consumo de refrigerantes e sucos adoçados.
Segundo os autores, o consumo mais frequente de bebidas açucaradas foi associado a uma predisposição genética maior a um índice de massa corporal mais alto e ao risco de obesidade. A relação entre obesidade e maior risco genético foi muito maior entre os que bebiam refrigerantes todo dia do que nos grupos que consumiam menos de uma vez por mês.
Isso significa, de acordo com os pesquisadores, que esse hábito pode ampliar o efeito do risco genético à obesidade. Já os outros dois estudos revelam os benefícios da substituição das bebidas industrializadas na redução do índice de massa corporal de crianças e adolescentes.