Os linfomas constituem um grupo de doenças neoplásicas que se originam no sistema imunológico e é importante observar que muitas vezes o progresso no conhecimento da biologia dos linfomas contribui para o melhor entendimento da função do sistema imunológico.
Recentemente, sobretudo na última década, o melhor conhecimento do sistema imunológico e a possibilidade de identificação de anormalidades genéticas e moleculares específicas por técnicas modernas de biologia molecular têm permitido conhecer tipos específicos de linfomas, anteriormente não identificados.
Embora mais de 20 tipos de linfomas sejam hoje reconhecidas, estas entidades possuem uma combinação de aspectos morfológicos, imunofenotípicos, genotípicos e clínicos diferenciados.
Em sua maioria os diferentes linfomas são atualmente reconhecidos como “entidades” independentes, definidas por um conjunto de características que toma em conta a célula normal que deu origem a neoplasia, os aspectos envolvidos , as peculiaridades clínicas e epidemiológicas os defeitos e os defeitos genéticos e moleculares.
Desta forma, a terapia hoje é composta de quimioterapia associada à imunoterapia. A imunoterapia mais utilizada atualmente tem sido o Rituximab, anticorpo monoclonal anti CD20, um marcado específico celular de alguns linfomas, mas algus estudos atuais tem mostrado associação de imunoterapias com bons resultados como o uso associado do rituximab ( anti CD20 ) mais o uso do epratuzumab , outro anticorpo monoclonal anti CD 22, que é um marcador do linfócito, uma célula de defesa presente em alguns linfomas, tais estudos tem mostrado aumento na taxa de resposta ao tratamento.
Estudos moleculares de marcadores de membrana celular, bem como expressões genicas envolvidas tem mostrado de maneira mais clara o reconhecimento de categorias de linfomas mais homogêneas facilitando o progresso no resultado terapêutico.