Células-tronco embrionárias: vilã ou mocinha?

Medicina & Saúde - A diferença entre elas é que as células-tronco embrionárias são de difícil controle, alguns tratamentos com humanos podem ser transformados em câncer e ainda envolve problemas éticos para a sua utilização, já as células-tronco adultas são de fácil obtenção e não produz nenhum tipo de efeito colateral.

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Com o objetivo de realizar tratamentos sem efeitos colaterais, avançam as pesquisas que transformam uma célula-tronco adulta em embrionária. Porém, paralelamente, é observada a evolução nos tratamentos de diversas doenças antes com mínimas chances de cura com uso de células-tronco adultas, independente da fonte (cordão umbilical, medula óssea, gordura, etc.). A diferença entre elas é que as células-tronco embrionárias são de difícil controle, alguns tratamentos com humanos podem ser transformados em câncer e ainda envolve problemas éticos para a sua utilização, já as células-tronco adultas são de fácil obtenção e não produz nenhum tipo de efeito colateral.

“Hoje o tratamento com células-tronco já é eficaz para mais de 80 tipos de enfermidades, como: leucemias, anemias, linfomas, etc. E há mais de 200 pesquisas sendo feitas já com resultados promissores que estão cada vez mais próximos de se tornarem realidade. Não podemos simplesmente jogar fora algo tão precioso. Mesmo que a pessoa não tenha condições financeiras de armazenar as células-tronco do seu bebê em um banco privado ela pode doar para um banco público”, afirma Adriana Homem, médica responsável técnica do Banco de Cordão Umbilical (BCU Brasil).

Recentemente mais uma pedra foi atirada na vidraça das células tronco-embrionárias. No Hospital Monte Sinai, em Nova Iorque, foi concluído e publicado pela revista Cancer Cell um trabalho demonstrando que a resistência à quimioterapia de alguns tipos de cânceres (como o de próstata, por exemplo) é devido a presença de células-tronco com fenótipo embrionário nos tumores. Com possibilidades reais de inibirem o funcionamento destas células, em breve pode-se estar diante de uma das mudanças mais significativas no tratamento do câncer.

 

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