Estudo expõe fragilidade do IMC para definir gravidade do peso excessivo

Medicina & Saúde - Calculado a partir da relação peso sobre quadrado da altura, segundo definições da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde, o IMC às vezes não prediz se a obesidade pode despertar ou já estar acompanhada de comorbidades.

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A controvérsia em torno da pesquisa desenvolvida em Maryland, nos Estados Unidos, e recentemente divulgada pelo Journal of the American Medical Association - Jama que aponta risco inferior de mortalidade em pessoas com sobrepeso (6% menor) e obesidade grau 1 (5%) em comparação a pessoas com peso normal reforça a opinião de diversos especialistas no mundo inteiro de que o Índice de Massa Corporal (IMC) é impreciso para determinar o prejuízo à saúde causado pelo excesso de peso e sua associação com doenças crônicas. No caso da obesidade mórbida graus 2 e 3, o estudo mostra que o risco de morte dispara, sendo 29% superior ao do peso normal.

Calculado a partir da relação peso sobre quadrado da altura, segundo definições da Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde, o IMC às vezes não prediz se a obesidade pode despertar ou já estar acompanhada de comorbidades como diabetes tipo 2, apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), hipercolesterolemia (colesterol e triglicérides altos) e hipertensão. Essas doenças caracterizam o que estudiosos chamam de síndrome metabólica e são de difícil controle clínico por meio de remédios, dieta e atividade física. Quando desenvolvidas num quadro de peso excessivo, essas doenças configuram o que os especialistas também chamam de “obesidade maligna”.

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