Estudos indicam que a ressonância magnética é importante aliada da mamografia em pacientes de alto risco para o câncer de mama. Trata-se do tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países ricos como em países pobres. Histórico de câncer na família, idade entre 40 e 50 anos, menstruação precoce, menopausa tardia, mulheres que nunca tiveram filhos, uso de anticoncepcionais orais, primeira gestação depois dos 30 anos, alta densidade de tecido mamário e terapia de reposição hormonal estão entre os principais fatores de risco da doença.
Na opinião da médica Vivian Schivartche, radiologista especializada no diagnóstico de câncer de mama, apesar de o ultrassom e a ressonância magnética serem importantes coadjuvantes, o padrão para a detecção da doença continua sendo a mamografia, que é bastante eficiente e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos. “Apesar de o câncer de mama ter um bom prognóstico quando detectado bem no início, a taxa de mortalidade continua alta no Brasil justamente porque muitas mulheres buscam ajuda médica quando a doença já está em estágio avançado”.
Para a especialista, um grande avanço na detecção precoce do câncer de mama foi a introdução da tomossíntese – ou mamografia tomográfica. “A tomossíntese, também conhecida como mamografia 3D, é muito semelhante à mamografia convencional e é realizada no mesmo tipo de mamógrafo digital, fazendo com que a mama permaneça comprimida por mais alguns segundos e fornecendo então as imagens tomográficas. A grande vantagem dessa técnica é permitir enxergar o câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas, que são difíceis para a mamografia convencional. Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, outros exames podem e devem ser realizados”.