A mania não é nova, surgiu ainda na década de 50, na construção civil e se espalhou para outros cenários: o “do it yourself” pode ser traduzido, aqui no Brasil por “faça você mesmo”. E é essa mesmo a ideia, que você possa fazer as coisas sem precisar da ajuda de um profissional.
O que começou na construção civil, pelo custo da mão-de-obra, hoje ganhou o mundo da moda. Basta pesquisar nos blogs de moda espalhados pela internet, para ver que muita gente já embarcou nessa onda de fazer as coisas por conta própria. Seja por gostar de inovar, para reduzir os gastos com roupas novas ou, simplesmente, por hobby, a tendência do momento é colocar a mão na massa e deixar roupas e acessórios com a sua cara.
Uma das adeptas dessa tendência é a estudante Isadora Sartor, de 19 anos. A jovem conta que gosta muito de moda e sempre esteve conectada com as novidades que apareciam não só aqui, mas no mundo todo. Com isso, pôde perceber que, às vezes, peças e acessórios que eram moda fora do país, não chegavam por aqui. Isadora também notou que algumas peças do guarda-roupas não eram mais usadas, mas que poderiam voltar às ruas se ganhassem uma cara nova. Então, começou a customizar.
O primeiro passo foi aprender a fazer. “Eu aprendi sozinha. Olhava e pensava que deveria ter algum jeito de fazer aquilo. Quando surgiu a moda das tachinhas, que eu sempre gostei, comprei e foi primeira customização que eu fiz. Depois, eu descobri como poderia tingir roupas. Então, juntei os dois”, conta.
Não existe regra nessa tendência, vale seguir o que você gosta e a sua personalidade. O que está em alta no momento são as tachinhas, os spikes e o tie-dye (aquelas roupas que parecem manchadas), mas vale também criar seus próprios porta-retratos e até mesmo capinhas para celular. Importante mesmo é gostar de fazer, assim como a Isadora: “Eu me divirto fazendo, adoro, fica com uma cara mais pessoal, ninguém tem igual”, afirma. O negócio ficou tão sério que a jovem até recebeu encomendas das amigas.
Para embarcar nessa tendência é simples. Os produtos, como corantes e até mesmo as tachinhas, podem ser encontrados em lojas de aviamentos. Quanto às peças, você pode usar o que tiver em casa: um short que você não curte muito ou uma camiseta que não usa mais, por exemplo.
Tie-dye
Para fazer um short tie-dye, por exemplo, a Isadora avisa que é um pouco complicado e leva aos menos três dias para ficar pronto. A estudante aconselha a escolher peças de algodão e de preferência de cores claras, que fixam melhor a cor. Outra dica é prestar atenção na combinação de cores. “No computador eu tenho uma tabela de cores que eu sigo, para saber as cores que combinam, não escolho aleatoriamente”, conta Isadora. É preciso também ficar atento à lavagem. Nada de pôr na máquina com outras peças, porque soltam bastante tinta. Se quiser uma cor bem escura, você deve deixar mergulhado no corante bastante tempo, porque a cor sai na lavagem.
Tachinhas e spikes
As tachinhas e os spikes podem ser aplicados em shorts, camisas e até casacos. Alguns desses acessórios vêm prontos para a aplicação. Outros têm que ser costuradas. A dica da Isadora é comprar spikes prata, já que a experiência com os dourados não foi muito boa: “Os spikes dourados têm um banho de cor ruim, soltam tinta e mancham a roupa”, alerta.