O Hospital da Cidade e o Centro Integrado de Terapia Onco-hematológica (Cito) são alguns dos responsáveis em colocar Passo Fundo na rota mundial da pesquisa clínica em oncologia e hematologia há alguns anos. Recentemente foi integrado ao Centro de Pesquisa, um novo estudo sobre câncer colorretal, o qual está entre os tipos de tumores mais frequentes. No Brasil, são diagnosticados mais de 30 mil novos casos e ocorrem mais de 13 mil mortes por ano.
O câncer colorretal possui este nome, pois abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Quando detectado precocemente, ou seja, quando ainda não se espalhou para outros órgãos, o tratamento baseia-se principalmente na cirurgia, mas a quimioterapia e a radioterapia podem ser necessárias. Nos casos que houver disseminação para locais diferentes (metástases), o tratamento consiste essencialmente em quimioterapia.
Entretanto, os tratamentos atuais buscam incluir, além da quimioterapia, as chamadas terapias-alvo dirigidas ou moleculares. Essas terapias são desenvolvidas a partir de moléculas que possuem a capacidade de inibir processos que ocorrem nas células cancerígenas, ao bloquear o crescimento de novos vasos sanguíneos e a permeabilidade vascular, essas medicações previnem o crescimento do tumor. Agindo de forma mais específica, essas novas terapias diminuem os efeitos colaterais e aumentam a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes.
A nova pesquisa
A nova pesquisa disponibiliza o uso de uma terapia- alvo em pacientes com câncer colorretal metastático e já tratados anteriormente com um esquema de quimioterapia. O tratamento baseia-se na combinação de uma quimioterapia padrão e a nova terapia administradas a cada 15 dias, não sendo necessária a internação do paciente. Essa combinação já foi avaliada em estudos prévios e se mostrou mais eficaz que o tratamento isolado de quimioterapia. Em função desses resultados, esse novo medicamento foi aprovado, recentemente, para o tratamento do câncer colorretal pelo FDA (Órgão de Regulação dos Estados Unidos) e a aprovação pela ANVISA está prevista para 2014. Como essa medicação ainda não pode ser comercializada no Brasil, o Centro de Pesquisa está oferecendo a possibilidade de uso deste novo tratamento por meio desse estudo.
Para mais informações entrar em contato com as Coordenadoras de Pesquisa Clínica Franciele ou Michele pelo telefone 2103-3490.
Câncer colorretal
O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer colorretal é o segundo tipo mais prevalente no mundo. No Brasil, é o segundo mais comum entre mulheres e o terceiro entre homens. Estima-se que, neste ano devem ocorrer 30.140 novos casos, sendo 14.180 em homens e 15.960 em mulheres. Em 2010, foram registrados 13.344 óbitos decorrentes do câncer do colorretal, sendo 6.452 em homens e 6.892 em mulheres.
Para o tratamento da doença, o Ministério da Saúde investe por ano, em média, R$ 7 milhões com a realização de quimioterapia. Só no primeiro quadrimestre de 2012, foram realizados 3.012 quimioterapias no tratamento ao câncer colorretal.
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante assistência aos pacientes que possuem a doença. Ao todo, 273 serviços habilitados – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) – oferecem cirurgias, quimioterapia, radioterapia, nutrição enteral/parenteral e tratamentos paliativos fazem parte do rol de procedimentos disponibilizados pelo SUS. Já as 44.045 Unidades Básicas de Saúde disponibilizam o exame e a consulta, caso seja identificado indícios da doença, o paciente é encaminhado para um serviço de referência.
Prevenção e sintomas
Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos é uma recomendação básica para prevenir o câncer colorretal. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contraindicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como o hábito de fumar também deve ser evitado.
A doença pode ser identificada por meio de presença de sangue nas fezes, dor e cólicas abdominais frequentes com mais de 30 dias de duração, alteração no ritmo intestinal de início recente (quando um indivíduo, que tinha o funcionamento intestinal normal, passa a ter diarreia ou constipação), emagrecimento rápido e não intencional, além de anemia, cansaço e fraqueza.
Número de mortes: 13.344; sendo 6.452 homens e 6.892 mulheres (2010)