Idec reprova marcas de queijo light

Idec constatou que algumas marcas são light apenas no nome.

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O queijo minas frescal (também chamado de queijo branco) é figura carimbada dos cardápios de dietas. Mas quem está de olho na balança e aposta nesse tipo de queijo como aliado deve ficar atento, principalmente aos ditos light, pois muitos deles não são tão inofensivos. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) testou em laboratório 25 amostras desse queijo (de 15 marcas diferentes) e verificou que os teores de gorduras, proteínas e sódio presentes nos produtos são diferentes daqueles declarados no rótulo. Todas as amostras informam errado a quantidade de, pelo menos, um nutriente.

As maiores variações entre o valor do rótulo e o real foram identificadas nos queijos light. O pior caso foi o do Dia Light, que tem 932% a mais de gorduras totais em relação ao que é declarado na embalagem. No geral, os produtos apresentam discrepância em mais de um nutriente. O queijo Santiago Light, por exemplo, informa valores muito diferentes do que realmente têm em sua composição para gorduras totais, saturadas e insaturadas, e sódio.

Para que um alimento seja chamado de light, é preciso que tenha pelo menos 25% a menos de um nutriente ou de calorias que sua versão integral, além de uma redução de mais de 3 g do nutriente em 100 g do alimento sólido. O produto que não tem uma versão convencional da mesma marca pode usar a expressão se tiver baixo teor de determinado nutriente (até 3 g de gordura/100 g de alimento, por exemplo), mas nenhum dos queijos avaliados se enquadra nessa situação.

Essas regras estão previstas na portaria no 27 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/MS), de 1997. Dos nove queijos avaliados que usam o termo “light”, apenas o Quatá Light apresenta, de fato, redução adequada dos teores de gordura totais ou do valor calórico. Nos outros oito, a denominação light pode ser considerada informação enganosa, o que é crime, de acordo com os artigos 37, 66 e 67 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Fonte: Idec

 

 

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