Uma medida anunciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) causou polêmica: a indústria tem três meses para reduzir a quantidade de iodo que deve ser adicionada ao sal. Os médicos discordam e alertam para problemas de saúde causados pela falta do iodo.
A agência tomou a decisão depois de analisar pesquisas. Uma delas, da Organização Mundial da Saúde, diz que o brasileiro é um dos maiores consumidores de iodo do mundo. O consumo em excesso pode desencadear doenças na tireóide como tireoidite de hashimoto, que provoca cansaço, sonolência, aumento de peso.
A quantidade de iodo que as indústrias podem adicionar ao sal hoje varia de 20 a 60 miligramas por quilo. Terão que reduzir para no mínimo 15 e no máximo 45 miligramas por quilo de sal.
O cálculo para a redução do iodo foi feito com base na recomendação da Organização Mundial da Saúde, que leva em conta a quantidade de sal consumida, por dia, pelo brasileiro, que é bastante alta: o dobro do recomendado.
A decisão ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União. Após a publicação, as empresas terão 90 dias para a adaptação.
Fonte: Agência Brasil, OMS