Muitas vezes consideradas supérfluas – erroneamente -, as cirurgias plásticas se tornaram muito mais do que questões estéticas – e com a tecnologia estão cada vez mais melhorando a qualidade de vida e de saúde das pessoas – tornando-se verdadeiramente uma questão de saúde pública. Cirurgias plásticas reparadoras são as que mais se encaixam neste contexto, pois corrigem traumas adquiridos, seja por acidentes, queimaduras ou outros fatores externos.
Por exemplo, no caso da queimadura, que é uma lesão gerada por algum agente físico como o frio ou o calor, o médico Alderson Luiz Pacheco, especializado em cirurgia plástica de queimados, comenta que o atendimento a uma pessoa queimada pode ser realizado na fase aguda ou na fase tardia. “Na fase aguda são realizados cuidados locais com medicamentos eficazes em penetrar nos tecidos e matar as bactérias em crescimento, minimizando o dano aos tecidos” explica. Segundo o doutor, é também é nessa fase que é feita a reposição de volume com o soro fisiológico e calculada e apresentada a dose dos analgésicos, como a morfina, que deverão ser usadas no paciente - além do controle clínico geral do enfermo.
“Após essa recuperação, passa a ser possível a realização da cirurgia plástica reparadora, a qual envolve o tratamento de sequelas como retrações de cicatrizes que impedem o movimento de articulações, além de cirurgias plásticas de enxertos de pele e retalhos que devolvem a mobilidade e minimizam as cicatrizes decorrentes da queimadura”, ressalta Pacheco.