"Geralmente, quem esconde a gravidez, tem um mecanismo de negação muito forte em relação a gestação e, portanto, não faz o pré-natal, ficando assim exposta aos riscos de doenças como o diabetes gestacional, hipertensão, insuficiência placentaria, dentre outros"' alerta o ginecologista Domingo Mantelli para mostrar como as consequências para este tipo de comportamento podem ser graves.
Quando a mulher decide esconder a barriga ela assume os riscos dessa atitude e adota hábitos, muitas vezes, extremos. "O fato de alimentar-se mal no intuito de não engordar para não aparecer a barriga, pode levar a uma desnutrição materna e fetal, além de um crescimento fetal restrito, parto prematuro, diminuição de líquido amniótico, dentre outras alterações", acrescenta o especialista. Nos casos extremos pode haver mal formação do feto, morte do feto dentro do útero e a morte da mãe em decorrência de complicações.
"A mulher que tenta esconder a barriga acaba comprimindo o útero com isso ela aumenta a pressão intra abdominal, que faz comprimir outros órgãos além de artérias e veias importantes, levando a sérias complicações vasculares, inchaços e, eventualmente, a ruptura de órgãos que leva à morte". Para o bebê a pressão do útero acarreta outros problemas, "pode haver compressão da placenta ou do cordão umbilical, fazendo passar menos nutrientes e oxigênio para o feto. Pode haver ainda sangramentos por descolamento da placenta levando a óbito do bebê e a gestante também".