Os recém-nascidos do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) são submetidos aos exames de triagem para os pais terem segurança e tranquilidade de que seus bebês vão sair da maternidade com a saúde em dia. Um dos que vem sendo realizado desde janeiro de 2012, é o teste do coraçãozinho. O exame é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Comitê de Neonatologia e Cardiologia e tem como grande benefício a identificação de cardiopatias graves.
Os números apontam que a cada mil nascidos vivos há uma média de oito bebês com má formação cardíaca. Desses oito, dois têm má formação cardíaca grave. Diante desta realidade, a pediatra do HSVP, Liege Mozzato, explica que nem sempre a cardiopatia se manifesta nas primeiras horas ou dias de vida, podendo demorar alguns dias, por isso o teste é feito um pouco antes de o bebê receber alta. “Além dos exames físicos, do teste da orelhinha e do pezinho, realizamos o teste do coraçãozinho que detectará se há problemas cardíacos com a criança, e se houver ela será encaminhada para que receba o tratamento adequado”, explica.
Liege comenta que sempre avisa os pais de que o exame não é 100% fiel, e que, às vezes, pode falhar, mas que mesmo assim, ele é muito importante e não pode deixar de ser feito. “O mais indicado seria fazer um ecocardiograma depois que o bebê nasce, ou um ecocardiograma fetal em torno de 18 e 24 semanas de gestação, mas esse exame ainda não é de acesso fácil a todas as mães, por isso o teste do coraçãozinho torna-se indispensável para garantir a saúde da criança”.
Mensalmente, o HSVP realiza em torno de 180 testes, sendo que todos os pacientes atendidos através do convênio do SUS recebem a assistência. O teste do coraçãozinho é o único dos exames de triagem que ainda não é obrigatório pela legislação federal.