A perda progressiva da audição, conhecida como presbiacusia, acontece em função da idade, pelo desgaste fisiológico das células auditivas e é mais comumente percebida em pessoas acima de 60 anos, porém, de acordo com fatores genéticos e ambientais, como exposição prévia a ruídos, ela pode se manifestar também antes dos 50 anos. A médica Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e mestre em clínica cirúrgica pela UFPR, de Curitiba, comenta que o portador dessa deficiência é geralmente rotulado de confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador, zangado e velho. “No início, a perda de audição mais acentuada é percebida nas frequências agudas, o que torna difícil a percepção das palavras principalmente com os sons /s/ e /z/, /f/ e/v/, /t/ e /d/, com frequentes trocas no entendimento da fala”, explica. Por isso é comum o idoso apresentar a queixa de ouvir, mas não entender.
Apesar dos muitos sinais perceptíveis da perda de audição, algumas pessoas têm dificuldade em reconhecer que necessitam de uma ajuda médica especializada para tratar dessas questões. O idoso precisa compreender que, com uma boa audição, além de ele poder ouvir, entender e trocar informações, esse sentido serve também como sinal de alerta contra situações de perigo e para ajudar na localização dos sons.