A doença, a morte. E o medo

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Certa vez a doença e a morte chegaram a uma cidade e disseram ao seu rei: - Viemos dizimar seu povo e  levaremos a  todos.

O Rei perplexo com a notícia começou diplomaticamente a tentar negociar a situação  e disse: - Pelo amor de Deus, poupe-nos de tamanho infortúnio, deixe-nos viver. A morte e a doença irredutíveis disseram-lhe:- Não, queremos todos. Mas o Rei tentou com toda a sua capacidade de argumentar ao menos minimizar dizendo-lhes : quem sabe vocês levam somente os maus, e os velhos que já estão no final da vida, isso é igual a um quinto da pessoas do meu reino. -Não, retrucou a doença, e a negociação que era pra ser cem por cento do reino de dez mil pessoas ficou, em razão da diplomacia, da bondade e insistência de seu rei, ficou em  apenas três mil pessoas que morreriam. E então a morte e a doença começaram sua “colheita”  Duas mil pessoas em três dias, sete mil pessoas em uma semana e em duas semanas a cidade chegou a oito mil e quinhentos mortos.. O rei ficou enlouquecido e quando encontrou novamente a morte e a doença falou-lhes irado: Vocês foram desonestas, não honraram suas palavras e agora o que farei com apenas mil e quinhentas pessoas em meu reino como poderemos nos defender de outros exércitos?

A morte e a doença responderam: -Sr. Rei Não fomos desonestas , cumprimos realmente o que acordamos com o Sr., contudo as pessoas do seu reino que morreram além das três mil, foram em razão do medo, apenas por medo.

O medo deixa-nos congelados sem ação na maioria das vezes, mas também é capaz de fazer com que uma pessoa fique extremamente agressiva, arrogante, exibida, perfis que não passam de máscaras, de armaduras de defesa. Estamos vivendo um momento tenso economicamente, mas veja só, enquanto um ri o outro chora e foi sempre assim.

Se ficarmos alertas, perceptivos e intuitivos, poderemos com a mente calma perceber na íntegra ou quase isso, a realidade do nosso ponto de vista e não do ponto de vista dos outros, apesar de fazer parte de um contexto.  

É diferente a vida de uma pessoa para outra. Uma pessoa rica pode passar por uma grande dificuldade financeira, mas, aos olhos dos outros ela ainda estará, apesar da sua crise, andando com um belo carro e vestindo belas roupas. Trata-se de uma realidade externa apenas, quem a conhece na intimidade vai saber o que está acontecendo e as vezes ninguém sabe. Uma pessoa pobre de espírito, por mais dinheiro que possa vir a ter poderá melhorar um pouco, mas, seu espírito mostrará essa pobreza quando menos esperar. A mente turbulenta de medo é como um oceano revolto onde não é possível ver refletida a imagem perfeita da lua ou do sol.  Assim uma mente assombrada pelo medo, verá apenas a imagem distorcida das coisas ( por medo ou conveniência ).

A insegurança faz com que teçamos o desprezo por coisas que no fundo, gostaríamos que fizessem parte de nossas vidas ou que fossem nossas.

Sábio é aquele que se mantém sereno frente à maior de todas as glórias ou frente ao maior de todos os infortúnios. Adquirimos tantos conhecimentos, complicamos tanto com didáticas místicas, filosóficas e científicas para entendermos o mistério da vida e da morte. Não é uma apologia ao medo mas uma breve e dual reflexão.

O medo do desconhecido nos fez ousar e alcançar  altas tecnologias, mas ainda assim, se não houver amor nada seremos.

O homem precisa evoluir seu amor.  Amando, verdadeiramente evoluirá e por fim entenderá que o medo, a doença assim como a felicidade e a tristeza são estados diferenciados de consciência..A morte é apenas o final do estágio físico Corpóreo e o reencontro com a casa de onde viemos onde a consciência terá a percepção de si própria..  Para finalizar, não se deixe envolver pelo medo dos outros nem mesmo pelas perspectivas negativas.

 Paz e luz a todos vocês !

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