Plástica é benéfica para homens com ginecomastia

Condição que leva ao crescimento de uma ou de ambas as mamas, a ginecomastia pode ser corrigida com os procedimentos corretos

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A ginecomastia é uma condição masculina que resulta da hipertrofia das glândulas mamárias. Normalmente, ela aparece em meninos com treze ou quatorze anos como consequência das alterações hormonais da puberdade. Nesses casos, as mamas crescem por períodos de cerca de seis meses e depois retornam ao tamanho normal - ou seja, a ginecomastia é, na maioria dos casos nesta faixa etária, uma condição benigna, tratável e corrigível. Porém, em 5% dos casos, a hipertrofia persiste até a vida adulta.

Outra faixa etária que também é bastante atingida pelo crescimento exagerado das mamas é formada pelos homens mais velhos. Ao realizar exame físico, foi constatado que de um a dois terços daqueles com mais de 70 anos apresentam uma ou as duas mamas aumentadas.

“É preciso diferenciar a ginecomastia da pseudoginecomastia. A segunda é caracterizada pelo depósito excessivo de gordura sob o mamilo, sem que haja aumento do tecido glandular. A ginecomastia é causada pela proliferação das glândulas mamárias, não e não por excesso de gordura – apesar de a ginecomastia ser mais comum em homens mais gordos”, explica Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba.

Pacheco explica que a ginecomastia está normalmente associada com desequilíbrios hormonais, e o sinal mais evidente dessa doença é, como já dito anteriormente, o aumento de volume das mamas nos homens. “Porém, nem sempre é fácil de determinar se elas ainda possuem um tamanho que possa ser considerado normal ou se já o ultrapassaram. Em alguns casos a ginecomastia também pode estar associada à galactorreia – produção de leite,” explica.

Apesar de poder ocorrer em apenas uma das mamas, em pelo menos metade dos casos, a ginecomastia é bilateral. Tendo isso em vista, é sempre bom lembrar que o câncer de mama também ocorre em homens. “Tumores malignos formam nódulos duros e indolores. Eles podem invadir a pele, fixar-se aos tecidos mais profundos e provocar sangramentos e retrações de mamilo. A diferença é que, na maioria dos casos, o câncer de mama quase sempre se instala em uma única mama”, relembra.

Para tratar da ginecomastia a medicação bloqueia os receptores de estrógenos. Porém, nos casos em que os remédios não tenham efeito, é indicado o tratamento cirúrgico. “Existem basicamente duas técnicas que podem ser utilizadas, separadamente ou em combinação, para tratar da ginecomastia: a lipoaspiração e a mamoplastia – a segunda, no caso dos pacientes com excesso de pele,” comenta Pacheco. Na mamoplastia, é feita uma pequena incisão na parte inferior da aréola, a cicatriz não é aparente e fica praticamente invisível com o tempo. “Nesse procedimento, o cirurgião retira a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um anatomopatologista. Nos casos de ginecomastia adiposa, a cirurgia pode ser feita com lipoaspiração da gordura mamária,” explica.

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