Ainda pouco conhecida, os sintomas da doença celíaca podem se confundir com outros distúrbios. A doença é autoimune, sendo causada pela intolerância permanente ao glúten, principal fração proteica presente no trigo, no centeio, na cevada e na aveia.
Estudos de prevalência da doença celíaca têm demonstrado que ela é mais frequente do que se pensava, mas continua sendo subestimada. A falta de informação sobre o problema e a dificuldade para o diagnóstico prejudicam a adesão ao tratamento e limitam as possibilidades de melhora do quadro clínico.
Pesquisas revelam que a doença atinge pessoas de todas as idades, mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos de idade. Foi também observada frequência maior em pacientes do sexo feminino, na proporção de duas mulheres para cada homem. O caráter hereditário da doença torna imprescindível que parentes em primeiro grau de celíacos se submetam ao teste para sua detecção.
A forma clássica da doença caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Os pacientes também podem apresentar falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia.
O tratamento é a exclusão total de glúten da dieta alimentar, abolindo pães, bolos, biscoitos, macarrão, cereais matinais, pizzas, entre outros alimentos que contenham, por exemplo, farinha de trigo. É importante observar os rótulos dos alimentos industrializados e até mesmo de medicamentos.