Especialistas do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo fizeram, em fevereiro deste ano, um bem sucedido implante de coração artificial definitivo em um paciente de 52 anos, que sofria de uma grave insuficiência cardíaca. Inicialmente, o paciente foi estabilizado com um coração artificial externo durante 15 dias, sendo submetido à cirurgia definitiva em melhores condições clínicas, posteriormente.
Importado da Alemanha, este dispositivo de assistência ventricular substitui o funcionamento do coração esquerdo. Trata-se de um pequeno dispositivo que capta o sangue oxigenado que vem dos pulmões e o injeta diretamente na aorta, auxiliando o lado esquerdo ineficiente do coração.
O “coração artificial” já é utilizado com sucesso em diversos países, sendo uma realidade para a medicina desde a década de 1990. Os principais produtores são a Alemanha e os Estados Unidos. O dispositivo utilizado no paciente do Hospital Samaritano foi o alemão. Esta tecnologia já foi utilizada em mais de 13.000 cirurgias no mundo.
A primeira operação do tipo foi realizada pela equipe do Instituto do Coração de São Paulo (Incor). Em fevereiro de 1993, o mecânico Dorvílio Alves Madeira, na época com 30 anos e em fase terminal de doença de Chagas, foi o primeiro paciente da América Latina a receber um ventrículo artificial. Ele foi usado por 20 dias, até o doador compatível surgir.