Corpo em movimento

Já pensou em adquirir a capacidade de fazer várias coisas mais mesmo tempo, definir a cintura, melhorar a postura e ainda elevar sua autoestima? Então, é hora de dançar!

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Há quem diga que a dança surgiu ainda na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, a intensidade dos sons aumentou e eles descobriram que podia fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas. Com o passar do tempo, surgiram as danças em grupos, através dos rituais religiosos até que no período renascentista, as danças ganharam um caráter mais teatral.

Milhares de anos depois, a dança continua crescendo e se modificando a cada dia. Surgem novos ritmos ou passos e assim ela conquista novos adeptos. Mas qual será a magia que está arte tanto provoca em quem a pratica? Para a professora de ballet clássico Nara Marley Alessio Rubert, o primeiro grande atrativo da dança é que ela integra, socializa. Nas mulheres, é capaz de fazer até com que voltem a se dar bem com o espelho, já que desperta a visão crítica e incentiva a autoestima.

Outra vantagem da dança em relação a outras atividades físicas é que ela não é repetitiva, pelo contrário, a dança é evolutiva e, justamente por isso, muito mais encantadora. “Cada dia você aprende um passo e assim vai montando a coreografia. Como ela é evolutiva ela é muito mais encantadora. E tudo que é evolutivo é mais ou menos como um atleta. Quando você tem um objetivo, você se encanta e se empenha”, comenta Nara.

A dança também faz com que você desenvolva inteligência corporal, já que exige que as várias partes do seu corpo façam diferentes movimentos, para lados diferentes em um tempo musical. Isso, segundo a professora, dinamiza a vida. “Você dançar no ritmo de uma música, de acordo com uma coreografia, colocando todo o seu corpo para funcionar, isso já é uma multiplicidade de inteligências que estão sendo trabalhadas aí”, garante. A música também é um dos atrativos da dança, afinal, fazer qualquer atividade com música é muito mais prazeroso e na dança. “São duas artes que se complementam, a arte do movimento e a arte da música”.

E a grande questão que nunca quer calar: dá para perder peso dançando? Nara garante que sim, mas alerta que a perda de pesa é mais lenta e gradual, apesar disso, é muito mais incisiva, permanece. As conquistas de flexibilidade, de força de um modo geral e de coordenação motora também são mais lentas. Então, se você for para a academia de dança buscando resultados imediatos pode se decepcionar um pouco, mas se tiver paciência, vai ficar feliz com os resultados. “Você faz uma interatividade entre todo o seu corpo, você tem a flexibilidade, você vai ter uma perda de peso, vai trabalhar principalmente alguns grupos musculares que as atividades físicas e os aparelhos de academia não trabalham até mesmo a natação, que é considerada umas das atividades mais completas. Você vai esculturando o corpo, a perna, a linha da cintura”, garante a professora.  Aliado a tudo isso, ainda existem as vantagens dos alongamentos que são feitos antes das aulas de dança: “todas as danças trabalham muito com alongamento e a gente sabe que o alongamento diminui o estresse, que melhora a qualidade do sono, permite que você se concentre mais nas suas atividades intelectuais”, explica Nara.

E nada de achar que você está muito velha ou muito acima do peso para começar a dançar. Nara lembra que a dança é essencialmente democrática.  O que muda é a escolha do ritmo. “As pessoas abandonaram a ideia de que quem nunca fez dança na vida não pode começar. Não é porque você não começou a dançar na infância que você não pode começar agora. Nós temos um grupo muito grande de senhoras que vem para a academia de manhã fazer ballet e depois vão abrir suas lojas, vão viver seu dia-a-dia. Acho que vencemos também a barreira dos sexos”, lembra. 

Para quem se convenceu de que a dança pode ser uma boa atividade, a professora Nara dá seus conselhos: “Não tem que escolher modalidade nenhuma, não tem que esperar segunda-feira e não tem que ser em março. Tem que começar já!” Vale visitar uma escola de dança, conhecer as diferentes modalidades, escolher o nível de adiantamento adequado em um horário que o seu corpo ainda posso render e dançar. “Você pode começar em qualquer época. Só precisa ir, tomar coragem e escolher o que o seu corpo gosta mais”, conclui Nara. 

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