Fones de ouvido podem não ser boa companhia

Medicina & Saúde - Se as pessoas próximas reclamam do volume da TV alto demais ou que, ao invés de falar, a pessoa grita, esses podem ser um indício de que existe algum problema.

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Certamente, em algum momento da vida, quase todo mundo já fez o tradicional teste das letrinhas para verificar se está enxergando direito. Mas será que essas mesmas pessoas já fizeram algum teste para saber se estão escutando bem? Ao contrário do que ocorre com a visão, quando geralmente o enfermo é o primeiro a notar algo de errado, os problemas de audição costumam ser percebidos de imediato por quem convive próximo a essas pessoas, e não por elas mesmas.

Se as pessoas próximas reclamam do volume da TV alto demais ou que, ao invés de falar, a pessoa grita, esses podem ser um indício de que existe algum problema. “Quando se torna difícil acompanhar uma conversa em um lugar que haja barulho, principalmente com mulheres ou crianças, que em geral possuem vozes mais agudas, ou não costuma escutar quando a campainha ou o telefone tocam, esses são outros sinais de que algo pode estar errado. O ponto em comum nas situações descritas: você ouve, mas não consegue entender direito o que escutou. Pode ser esse o início da surdez,” alerta Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista e otoneurologista de Curitiba-PR.

Hábitos comuns, como a utilização constante de fones de ouvido, podem prejudicar a audição e fazer com que os problemas no ouvido sejam percebidos e detectados ainda mais cedo. Há tempos, grande parte de pessoas que sofriam com a perda de audição e seus sintomas, como zumbidos, eram pessoas mais velhas, porém, com o advento dos fones de ouvido, posicionados no canal auditivo, isso está mudando – e se tornando um problema tanto para os indivíduos quanto para a saúde geral da população.

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